Mock-up do novo carro da CPTM, do tipo Metropolis, que terá motores de corrente alternada
“Este é o melhor investimento que se pode fazer, porque além de produzir transporte melhora a qualidade de vida na cidade inteira” disse nesta terça feira (dia 14), o governador Geraldo Alckmin durante a cerimônia de encomenda de 12 trens novos (48 carros) ao consórcio Cofesbra, liderado pela Alstom, para o CPTM. O próprio governador informou que cada carro custou 1,5 milhão de euros e que o valor total da encomenda era de R$ 220 milhões.
São Paulo é a terceira cidade mais populosa do mundo, disse Alckmin, com 11 milhões de habitantes, e tem também uma das maiores taxas de motorização, com uma frota de 5,5 milhões de veículos, o que dá pouco mais de dois habitantes por veículo. Além dos problemas de tráfego, isso gera insegurança, pois expõe a população a assaltos, causa poluição e provoca doenças respiratórias, que estão hoje entre as três maiores causas de mortalidade.
O discurso foi na fábrica da Alstom na Lapa, em São Paulo, que não via uma encomenda para o mercado interno desde a entrega da frota da Linha 5 do Metrô, há cinco anos. Mas pelas contas de Jurandir Fernandes, secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, vai melhorar em 2006. Ele disse que nos últimos 10 anos o governo do estado investiu em média US$ 250 milhões em transporte e que só este ano serão investidos, conforme o orçamento, US$ 850 milhões.
Jurandir disse também que estão sendo construídas no momento 20 estações novas no Metrô de São Paulo, 11 na Linha 4, e 20 km de via, sendo 13 na Linha 4 e sete na Linha 2. Nos últimos 10 anos, para efeito de comparação, foram construídas 21 estações novas, e desde que o Metrô existe, 60 km de linhas. No encerramento da cerimônia foi mostrado o mock-up do novo carro da CPTM, do tipo Metropolis, que terá motores de corrente alternada. Os carros circularão na Linha C, entre Jurubatuba e Osasco e permitirão um aumento na oferta de 90 para 223 mil passageiros. A entrega terá início em meados de 2007 e término no início de 2008.
O Cofesbra – Consórcio Ferroviário Brasilo-Espanha – compreende também a CAF e a Bombardier e é liderado pela Alstom, que vai fabricar 70 % do valor do equipamento.
Fonte: Folha de São Paulo
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