Roger Agnelli vê cartel mundial

A Companhia Vale do Rio Doce anunciou na segunda-feira 6 os resultados de 2005: lucro líquido recorde de 10,44 bilhões de reais. O crescimento foi de 61,7% em relação a 2004. A Vale ficou atrás apenas da Petrobras, que lucrou 23,73 bilhões de reais. A alta do minério de ferro no mercado internacional (espantosos 71,5% no ano passado) foi o principal motivo para o desempenho favorável.

Em entrevista a CartaCapital, o presidente da Vale, Roger Agnelli, fala que a tendência de alta do minério deve se manter, acusa as siderúrgicas de formarem um cartel para baixar o preço e avalia o impacto do câmbio.

CartaCapital: O preço do minério manterá a tendência de alta por quanto tempo?
Roger Agnelli
: Os preços têm de refletir a realidade do mercado. Estamos na expectativa de uma subida de preço do minério de ferro este ano. Cada localidade tem uma realidade distinta. Mesmo com 71% de aumento no ano passado, todas as siderúrgicas apresentaram resultados recordes. A negociação dos preços está sendo conduzida com tranqüilidade, com serenidade.

CC: No setor de siderurgia, existe uma clara tendência de concentração. De que forma isso pode afetar os ganhos no setor de mineração? A Vale está preparada para isso?
RA: Este ano, temos uma novidade. A Baosteel está representando todas as siderúrgicas chinesas nas negociações sobre o preço do minério de ferro. Isso já acontecia antes com a Nippon Steel, que representa as siderúrgicas japonesas. A Arcelor é o segundo maior grupo siderúrgico do mundo e também é muito dura na hora de negociar. A concentração do setor siderúrgico criou grandes grupos, que são difíceis na negociação. Na realidade, existe um cartel de compradores, que está funcionando.

CC: De que forma o câmbio e a taxa básica de juros (e o conseqüente baixo crescimento da economia brasileira) influenciam nos planos da Vale? Como contornar essa situação?
RA
: Temos a maior parte do faturamento em dólar. Eu diria que, em relação ao dólar, todos os economistas que escutei no ano passado erraram. Talvez faça sentido para quem está olhando o curto prazo. No longo prazo, as coisas se compensam. Se o preço do real ou o valor do dólar estiver muito baixo em relação a todas as moedas do mundo, as commodities vão estar elevadas. Mas, se o preço do dólar estiver muito alto, as commodities tendem a baixar. Nada para ficarmos preocupados. A única coisa que temos de estar conscientes é que o impacto forte de câmbio ou de apreciação do real, que se deu em 2005, permanece este ano e vai se diluir no tempo. Você começa a importar mais equipamentos, a ter mais competições, concorrências, a tendência no médio prazo é isso tudo ir se diluindo, se ajustando. O que a gente está fazendo é chegar nesse ajuste no menor prazo possível de tempo.

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Fonte: Carta Capital

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