A Eurotunnel tem luz verde dos credores para avançar com o plano de reestruturação da dívida. O grupo anglo-francês, que explora o túnel do Canal da Mancha, viu o plano ser aprovado por um número de credores que representa 72% da dívida. Isto significa que a justiça pode agora aprovar este projecto. O Tribunal do Comércio de Paris tinha colocado o grupo sob protecção judicial.
Esta é uma vitória pessoal para o presidente do grupo, Jacques Gounon. O homem-forte da Eurotunnel diz que saúda os credores e os accionistas que apoiaram este projecto e espera agora que o grupo possa renascer e tornar-se numa empresa normal, dentro de pouco tempo.
A versão anterior tinha sido rejeitada pelo grupo de credores. Agora, com esta reestruturação, a Eurotunnel reduz a dívida em quase metade, para os 4,9 mil milhões de euros. Isto implica a criação de uma nova empresa, que vai chamar-se Groupe Eurotunnel. 87% do capital fica nas mãos dos credores e o resto vai ser detido pelos actuais accionistas. O principal credor do grupo é o banco norte-americano MBIA, que aprovou este projecto. O Banco Europeu de Investimento é outra das instituições que emprestaram dinheiro à Eurotunnel.
As sucessivas administrações não têm conseguido reequilibrar as contas, uma vez que as receitas geradas pela exploração do túnel nunca chegaram para cobrir as despesas, o que fez o grupo endividar-se cada vez mais e causou uma queda a pique dos títulos, na Bolsa de Paris.
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