As obras da Ferrovia Transnordestina vão ser incrementadas com mais R$ 100 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o diretor administrativo-financeiro da Companhia Ferroviária Nacional (CFN), Jorge Mello, dentro de duas semanas, o dinheiro será liberado para terminar o trecho de Missão Velha (CE) e Salgueiro (PE) e dar início ao resto do projeto executivo da malha ferroviária. O recurso foi um empréstimo-ponte dos R$ 500 milhões que a CFN irá receber da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Em julho, a CFN iniciou as atividades com recursos próprios, gastando, até o momento, R$ 10 milhões dos R$ 550 milhões. Também sairão R$ 832 milhões do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor), R$ 2,27 bilhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste e R$ 400 milhões do BNDES emprestados para a CFN. Para a construção da malha ferroviária, serão gastos um total de R$ 4,5 bilhões.
O primeiro trecho da Transnordestina começou com um mês de atraso, mas, de acordo com Jorge Mello, dez quilômetros da malha ferroviária já estão prontos. A previsão de terminar as atividades entre Missão Velha e Salgueiro é dentro de um ano e meio, desde quando as obras começaram. No mês passado, as atividades foram paralisadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O órgão embargou, por uma semana, pela falta do estudo ambiental referente ao canteiro de obras no trecho de cem quilômetros entre as cidades.
A licença foi liberada na última semana, quando a CFN retornou às atividades na sexta-feira. O instituto multou a companhia em R$ 272,8 mil por descumprimento de condicionantes da licença de instalação. A companhia ainda está providenciando as outras condicionantes solicitadas pelo Ibama. A malha ferroviária começa em Eliseu Martins (PI) até os portos de Suape (PE) e Pecém (CE), com um percurso de 1.860 km, sendo que 905 km serão de novas linhas e as restantes da CFN.
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