Possibilidade do retorno de trens de carga em Marília anunciada para fevereiro de 2007 pela ALL (América Latina Logística) deve criar necessidade de série de obras como passagens em subnível e viadutos em pelo menos cinco cruzamentos considerados mais perigosos ou vitais para o trânsito.
Propostas estão incluídas no Plano Diretor de Marília, no entanto envolvem investimentos maciços que podem ser viabilizados junto ao Ministério das Cidades. Cada passagem custa em média R$ 12 milhões.
Segundo Custódio Velanga, arquiteto e especialista em engenharia de tráfego do Eplan (Escritório de Planejamento), as passagens estão previstas nos cruzamentos na Rui Barbosa, Esmeralda, 9 de Julho, Paraná e João Martins Coelho.
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Enquanto não são definidas as obras, ficará à cargo da Emdurb (Empresa de Desenvolvimento Urbano de Marília) disponibilizar agentes do GAT (Grupo de Apoio ao Trânsito) para sinalizar a passagens dos trens a fim de evitar acidentes. As cancelas, segundo o Eplan além de caras – custam cerca de R$ 60 mil – constantemente apresentam problemas e defeitos.
“Na Rui Barbosa está prevista também uma praça de espera das composições para mudança de linha. Será uma composição de 50 vagões, o que compreende mil metros de extensão. Na passagem da João Martins Coelho e depois próximo ao monumento do motorista atenderíamos a via norte para preparar a ligação com a zona oeste”, informa Velanga.
Segundo ele, os cálculos dos viadutos e projetos já foram encaminhados à Ferroban, que detinha o trecho que agora ficará sob responsabilidade da ALL. Os mesmos estudos deverão ser encaminhados à nova exploradora. No entanto, as obras ficariam a cargo da prefeitura.
O problema para a sinalização da passagens dos vagões é que não existe horário fixo, o que obrigaria a Emdurb a se comunicar com a empresa. O movimento maior dos trens será na safra da soja, no final do ano, com a passagem de quatro a cinco composições por semana com destino ao porto de Santos.
Quanto aos benefícios para a cidade, Velanga acredita que o interessante seria retomar os trens de passageiros com destino a São Paulo e volta para atender população de baixa renda.
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