Acidentes devem cair pela metade

O número de acidentes na malha ferroviária do Porto de Santos deverá cair pela metade ainda no primeiro trimestre deste ano, chegando a 50 ocorrências por mês a partir de março. A estimativa é da América Latina Logística (ALL), empresa que adquiriu a holding Brasil Ferrovias, cujo braço no cais santista era a empresa Portofer.


Apesar de bem distante do ideal — a média mundial é de cerca de 15 incidentes por mês — o desafio da ALL é grande. ‘‘Pela experiência que temos em ferrovia nunca tínhamos visto nada parecido com o estado em que estavam as linhas do porto, bastante degradadas. Se no total do próximo ano tivermos metade do que nesse (cerca de 100 acidentes), já vai ser um ótimo índice’’, afirmou o gerente-geral de Operações da ALL em Santos, Marcelo Tappis Dias, em recente entrevista exclusiva a A Tribuna.


Para o executivo, que chegou à Cidade em outubro com a responsabilidade de coordenar o chamado Plano de Virada Santos, os dois primeiros meses deste ano, no entanto, não devem registrar quedas relevantes no volume de acidentes — aí incluídos desde pequenos descarrilamentos até acidentes fatais.


‘‘Quando você fica cinco anos sem colocar um real na linha ela vai se degradando. Como é uma manutenção pesada, em dois meses você começa a dar uma outra cara para a linha. Mas só em março começamos a ver o número de acidentes cair’’, avalia Tappis Dias. O objetivo, no entanto, é, a médio prazo, atingir uma média mensal de 35 a 40 incidentes por mês — tarefa inglória para uma linha onde não é possível ver ‘‘100 metros sem um problema’’, explica o executivo.


Segundo Tappis Dias, eis aí o problema da extensa malha férrea do porto (são quase 100 quilômetros, contando as duas margens). Será necessário intervir em praticamente 80% da malha instalada. ‘‘O estado de deterioração é tamanho que não há problema localizado’’, afirma Tappis Dias. Há, no entanto, zonas críticas.


Estão localizadas no Bloco da Santa, assim denominada a região de Outeirinhos, na área de confluência dos terminais de açúcar com o Terminal de Passageiros, e no Bloco do Corredor de Exportação, na Ponta da Praia, onde ficam as instalações de contêineres e de granéis. Cada qual respondeu, respectivamente, por 44% e 35% dos acidentes verificados entre janeiro e novembro últimos.


Para remodelar as linhas férreas no porto a ALL prevê um investimento de R$ 20 milhões em três anos (2007-2009), sendo cerca de R$ 7 milhões por ano. ‘‘Isso não é só manutenção, é investimento’’.


Ação


A incorporação da Brasil Ferrovias pela ALL gerou a maior empresa independente de logística da América Latina. São 20 mil quilômetros de linhas, 960 locomotivas e 27 mil vagões.


No cais santista o plano de ação contempla, entre outros, troca de dormentes, de trilhos, segregação da via e reforma da estrutura da ponte ferroviária que passa sobre o Canal de Bertioga, por onde os trens acessam a Margem Esquerda (Guarujá).


Conforme planejamento divulgado no final do ano pela ALL, será contratada uma empresa ainda na primeira quinzena deste mês para reformar a estrutura, inclusive subaquática, da ponte.


‘‘A ponte é uma questão que nos preocupa bastante, pois ela é estratégica, faz toda a ligação da Margem Direita com a Margem Esquerda’’, destacou Tappis Dias, lembrando da iminente entrada em operação do Terminal de Granéis de Guarujá (TGG), que terá acesso ferroviário. Hoje, devido ao estado precário de manutenção, a velocidade máxima permitida para os trens circularem na ponte é restritiva, de 5 km/h.

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Fonte: A Tribuna (SP)

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