A multinacional de compra e venda de commodites agrícolas Agrenco planeja constituir uma empresa no setor de logística no Brasil. A nova companhia, denominada AKA Logística, prestará serviços de coleta, transporte, armazenagem, carregamento e despacho de bens. E terá como sócia a Al Khaleej Sugar (AKS), dos Emirados Árabes Unidos, maior refinadora de açúcar do Oriente Médio e que ainda não tem operações no Brasil.
A criação da joint-venture (74,5% da AKS e 25,5% da Agrenco) já recebeu aprovação da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda. As empresas não informaram os investimentos necessários para a criação da empresa. Diretores da Agrenco não foram encontrados pelo Valor para comentar o negócio.
Agora, o processo será analisado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As empresas são assessoradas pela Lefosse Advogados. Procurado pelo Valor, o advogado Caio de Queiroz, um dos responsáveis pelo caso, preferiu não se pronunciar.
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Sem alarde, AKS e Agrenco começaram a desenhar a empresa em meados no ano passado. A formação da AKA Logística pode marcar a entrada da AKS no mercado brasileiro. Em seu site na internet, a empresa árabe se declara responsável por 2,4% de todo o açúcar refinado produzido no planeta. Sua unidade fabril, em Dubai, tem capacidade diária de produção de 4,8 mil toneladas por dia; em 2007, a AKS pretende elevar sua capacidade de refino para 7 mil toneladas. Seu faturamento não é divulgado.
Para auxiliar na decisão, a Seae fez contato com representantes da MRS Logística, que disse não reconhecer a Agrenco como concorrente no mercado de logística (possui apenas 1,64% de participação no setor).
Em meados do ano passado, entretanto, o fundo de investimento GP Logística desenhou uma operação para compra de 360 vagões para serem arrendados à Agrenco.
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