A acentuada queda nas units da ALL dos últimos pregões é vista pelos analistas do banco de investimentos norte-americano Merrill Lynch como o temor do mercado de que a empresa seja prejudicada com a suspensão das licitações em sete rodovias federais. A percepção é de que a medida poderia se estender para as estradas de ferro.
Na opinião dos analistas da instituição, a ALL não será prejudicada com esta medida do governo, uma vez que a empresa não planeja participar de licitações no curto prazo.
Além disso, os atuais contratos de licitação de ferrovias da ALL vencerão apenas em 2027, sem perspectivas de alterações nestes prazos, na opinião da Merrill Lynch.
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Recomendação de compra com upside de 18,5% Neste contexto, o banco de investimentos reitera sua recomendação de compra das units da ALL, projetando um preço-alvo, para dezembro de 2007, de R$ 25,00, o que representa um upside de 18,48% frente ao fechamento do último pregão (R$ 21,10).
A instituição ressalva que suas projeções são conservadoras, já que não consideram a possibilidade de os resultados da Brasil Ferrovias, controlada pela ALL, ficarem acima de suas estimativas.
Fatores que podem afetar estas perspectivas otimistas Em seu preço-alvo de R$ 25,00, a Merrill Lynch considera suas estimativas tanto para a ALL quanto para a Brasil Ferrovias. Contudo, em relatório divulgado nesta quinta-feira, a instituição ressalva para a possibilidade de a ALL falhar em sua estratégia de reestruturação de sua controlada.
Além disso, a queda dos preços do diesel no mercado doméstico, decorrente das recentes baixas na cotação do petróleo, tende a estimular o transporte rodoviário, abrindo concorrência às atividades da ALL.
A forte dependência dos negócios da empresa no transporte de commodities também é visto com maus olhos pelos analistas da Merrill Lynch.
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