O presidente da Ferroeste – Estrada de Ferro Paraná Oeste, Samuel Gomes, participou de um debate sobre transporte multimodal (rodoviário, hidroviário e ferroviário) em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Durante o encontro, Samuel defendeu que a segunda ponte unindo Brasil e Paraguai seja rodoferroviária, o que agilizaria o processo para instalação de um braço da ferrovia até a região da fronteira. A autorização está concedida desde 1999.
As propostas para o projeto da segunda ponte, antiga reivindicação dos moradores de Foz do Iguaçu, deverão ser entregues até a primeira metade de fevereiro. O estudo terá custo aproximado de R$ 3 milhões. A obra será executada com recursos do Ministério dos Transportes. Segundo informações preliminares, a estrutura deverá ser apenas rodoviária.
“Temos de nos mobilizar para ter uma ponte rodoferroviária, até mesmo porque o Paraguai está avançado em seu estudo de ferrovia. Se nós não fizermos isso, a ferrovia paraguaia será atraída para outro lugar”, alertou Samuel. O projeto de engenharia da extensão da Ferroeste até Foz do Iguaçu demandou investimento aproximado de R$ 8 milhões (com valores corrigidos).
Aceitação – A construção de uma ponte rodoferroviária agilizaria o processo para tirar do papel o braço da Ferroeste, antiga reivindicação das comunidades da Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina). Para isso, Samuel Gomes defendeu um esforço conjunto da população paranaense, “em especial de Foz do Iguaçu”.A intenção é tentar evitar que o governo federal viabilize a ponte apenas rodoviária.
“Na minha opinião, ela reduz a possibilidade da ferrovia vir para cá”, declarou. A via, segundo Samuel, vai permitir a transposição da barragem de Itaipu e será fundamental para a integração do Brasil com o Paraguai e países do Mercosul.
Além do braço até Foz do Iguaçu, a Ferroeste tem programada uma extensão até Guaíra, permitindo a ligação com Dourados no Mato Grosso do Sul. O consultor do Conselho de Usuários da Lino Campos Gomes também participou da conferência e defendeu um esforço da sociedade para incluir a possibilidade da ponte ser rodoferroviária. O encontro teve ainda presença do deputado federal Dilto Vitorassi e do presidente da Acifi, Wanderley Teixeira.
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