A GE Transportation e o governo de Minas Gerais uniram-se para cobrar do governo federal a desoneração da importação de componentes para a produção de locomotivas no país. A multinacional, que tem uma unidade em Contagem (MG), alega que a tributação dos componentes tirou a competitividade da produção nacional e se tornou um entrave para a intenção de investir US$ 3 milhões na duplicação da produção da fábrica mineira.
O governo do Estado promete comprar a briga da GE e levar o assunto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Ao contrário das locomotivas prontas, isentas do imposto de importação por legislação federal, os componentes para montagem são taxados. Vamos trabalhar juntos para corrigirmos essas distorções, afirmou ontem o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer. Não faz sentido importar peças tributadas para montar locomotivas aqui sendo que pode trazer a locomotiva montada sem tributação.
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O assunto foi pauta do encontro, ontem à tarde, entre o presidente do grupo GE Transportation, John Dineen, e o governador em exercício de Minas, Antônio Anastasia. Segundo o secretário Wilson Brumer ficou acertado que a multinacional entregará ao governo estadual um documento com informações detalhadas sobre as desvantagens para a produção de locomotivas no Brasil.
De posse do levantamento, a intenção do governo mineiro é buscar um entendimento com o MDIC e a Receita Federal. Pelas informações divulgadas pelo governo, a intenção da GE é de produzir 37 locomotivas neste ano, mais que o dobro das 14 produzidas em 2006.
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