A Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) deverá anunciar oficialmente na próxima semana o nome das empresas que ficarão responsáveis pela elaboração dos projetos executivos de três novos trechos da Transnordestina.
Os estudos, que deverão durar cerca de um ano, constituem o ponto de partida para o início efetivo das maioria das obras, previsto para o segundo semestre de 2008. Em Pernambuco as atenções se voltam para o ramal Salgueiro/Recife. Ele é considerado fundamental para a viabilização das exportações de grãos, do Piauí, e gipsita do Sertão do Araripe (PE), através do Porto de Suape.
O diretor administrativo e Financeiro da CFN, Jorge Luiz Melo, disse que das onze empresas que se habilitaram ao processo de licitação, apenas três deverão ser escolhidas. Ele afirmou que não houve atraso e que a demora na divulgação dos resultados faz parte da análise de diversos critérios técnicos, que incluem uma minuciosa avaliação das empresas e suas habilitações para a execução dos serviços.
Além do trecho Salgueiro/Recife, com aproximadamente 500 quilômetros e um custo aproximado de R$ 1,3 bilhão, também serão incluídos nos projetos executivos os ramais Araripina/Eliseu Martins (PI) e Missão Velha/Pécem, no Ceará. Os custos de cada projeto estão sendo mantidos em sigilo para não prejudicar as negociações.
A escolha das empresas responsáveis pelos projetos executivos dentro do prazo, no entanto, é questionada pelo governo do estado. No início do mês, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, declarou que o processo de elaboração do estudo do ramal Salgueiro/Recife estava bastante atrasado. Segundo ele, estavam sendo mantidos entendimentos com o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, para agilizar o processo. A CSN é sócia majoritária do consórcio de arrendamento da CFN.
De acordo com o cronograma da CFN, após o anúncio, as empresas vencedoras terão um prazo de três meses para apresentarem o projeto básico. A partir daí o trabalho deverá ser detalhado, incluindo as abordagens técnicas e o novo traçado que deverá ser cortado pelos trilhos.
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