No dia 1º de fevereiro de 1997, a Ferrovia Tereza Cristina deixava de ser controlada pela Rede Ferroviária Federal para ser privatizada. Dez anos depois, completos nesta quinta-feira, a empresa coleciona resultados que dão motivos para comemoração.
Mesmo com apenas 164 quilômetros de linhas férreas – que devem ser estendidos – a carga transportada pela operadora dobrou no período: ao fim de 1996 era de 1,3 milhão de toneladas e hoje ultrapassa os 2,6 milhões, num total de 25 milhões de toneladas movimentadas após a privatização.
Foram mais de R$ 35 milhões em investimentos, que além de melhorarem o fluxo de cargas, fizeram a empresa reduzir o indicador de acidentes em 95%. Não à toa, a operadora recebeu no ano passado o certificado ISSO 9001:2000 de qualidade. O próximo passo, segundo os executivos da FTC, é a obtenção das certificações ISO 14001, de gestão ambiental, e OHSAS 18001, de saúde ocupacional e segurança.
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A Tereza Cristina é responsável pelo transporte de carvão mineral do sul de Santa Catarina até o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo; e por levar contêineres de empresas sul catarinenses ao Porto de Imbituba, para que sejam exportadas. A frota é de 10 locomotivas, que se revezam na tração de 449 vagões por 12 municípios.
Para os próximos anos, o principal objetivo da empresa é a interligação da sua malha ao sistema ferroviário nacional. O projeto, denominado Ferrovia Litorânea, já foi considerado viável e prevê o prolongamento da linha férrea de Imbituba a São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina, interligando os quatro portos do estado.
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