MP avalia malha ferroviária

O número é assustador. Segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, a média de acidentes na malha da Novoeste (Bauru a Corumbá), este ano, é de um por dia.


Ano passado, foram registradas 222 ocorrências, também segundo o sindicato. Nesse número, estão incluídos acidentes considerados pequenos, médios e grandes.


A causa, na avaliação do sindicalista Roque Ferreira, é uma combinação de fatores. Entre eles, a malha ferroviária desgastada e vagões e locomotivas que ficaram muito tempo sem manutenção. “Existem investimentos, mas eles são tímidos”, diz.


O sindicalista aponta ainda a falta de qualificação dos funcionários terceirizados. De acordo com Roque, os cerca de 700 terceirizados tem salários mais baixos e menos benefícios do que os 398 ferroviários da Novoeste.


A situação merece a atenção do Ministério Público Federal. Recém-chegado a Bauru, o procurador Fabrício Carrer determinou a realização de uma perícia na malha ferroviária da região.


Um perito do próprio Ministério Público Federal (engenheiro civil do Rio Grande do Sul) esteve na região para analisar as condições da ferrovia.


“Vou tomar providências caso sejam constatadas irregularidades”, informa.


Ele pode, por exemplo, propor acordo para que as empresas Novoeste e Ferroban, responsáveis pela malha ferroviária da região, melhorem as condições das linhas. As duas são administradas pela ALL (América Latina Logística). Caso isso não seja possível, a alternativa é propor ação judicial.


A empresa
Fundada em março de 1997, a ALL adquiriu a Novoeste (malha ferroviária entre Bauru e Corumbá) em maio do ano passado. Desde 1998, a empresa também é responsável pelas operações da Ferroban (antiga malha da Rede Ferroviária Federal em São Paulo).


ALL terá detector de acidentes
A ALL, que assumiu o controle da Brasil Ferrovias (Ferroban, Ferronorte e Novoeste) em maio do ano passado, informa ter encontrado quase todo trecho em “péssimas condições”.


“Desde então, várias ações foram realizadas, entre elas a manutenção de via permanente e do material rodante (vagões e locomotivas)”, diz a direção.


Segundo a ALL, no trecho de Iperó a Jupiá e de Itirapina a Panorama, passando por Bauru, foram investidos R$ 4,6 milhões ano passado. Os investimentos são em via permanente e serviços como recuperação e troca de trilhos, troca de dormentes, limpeza e roçada de faixa de domínio, soldagem e fixação.


No trecho de Jupiá a Corumbá, a ALL diz ter investido R$ 6,3 milhões.


De acordo com a assessoria de imprensa, para os próximos anos, está previsto o investimento de R$ 2 bilhões na malha – mais de 21 mil quilômetros. O dinheiro será gasto em via permanente, ativos, novas tecnologias e treinamento para reduzir o número de acidentes.


Também está prevista a instalação de 340 detectores de descarrilamento. O equipamento fica sobre os trilhos e possui sensor que transmite via rádio aviso de alerta ao detectar vagão descarrilado.


Justiça determina obras no trecho Jaú-Brotas
No início deste mês, o juiz Rodrigo Zacharias, da 1ª Vara Federal de Jaú, determinou que a ALL realize todas as obras necessárias para recuperar o trecho ferroviário entre Jaú e Brotas. Ele concedeu liminar solicitada em ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal. Para o juiz, há descaso com a malha ferroviária – constatado pelas dormentes podres, pelo mato alto e pela falta de manutenção.


Últimas ocorrências


* 5 de dezembro de 2006
Três vagões cargueiros com 240 toneladas de açúcar descarrilam no pátio ferroviário de Bauru. O acidente acontece durante manobra de rotina. O descarrilamento não provoca vítimas nem danos ambientais


* 15 de dezembro de 2006
Vagão de trem carregado de minério descarrila no pátio de Curuçá, Vila Dutra, em Bauru. A Novoeste desconfia de sabotagem, mas sind

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Fonte: Bom Dia Bauru (SP)

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