A bancada de Minas Gerais no Senado – Eduardo Azeredo (PSDB), Eliseu Rezende (DEM) e Wellington Salgado (PMDB) – vai apresentar emenda ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) para ampliar os recursos previstos para o metrô de Belo Horizonte.
Os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e das Cidades, Márcio Fortes, indicaram, durante audiência pública na Comissão de Serviços de Infra-estrutura (CI) nesta quinta-feira (29), a possibilidade de aumentar os recursos para o metrô de Belo Horizonte.
Hoje, os recursos previstos são de R$ 18,9 milhões para a linha 1 (Eldorado-Vilarinho) e R$ 167,4 milhões para a linha 2 (Calafate-Barreiro) do metrô.Mas, segundo Azeredo, apenas para a linha 2, são necessários R$ 450 milhões.
Azeredo disse que a negociação dos senadores com os ministros para ampliar os recursos do metrô faz parte de uma agenda positiva que pode se tornar negativa se não houver o desembolso dos recursos necessários para as obras.
Outros estados
Em mais de duas horas de debate, os ministros Paulo Bernardo, Márcio Fortes, e o presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), João Luiz da Silva, ouviram críticas, reclamações e pedidos dos parlamentares sobre os projetos de metrôs e trens urbanos. O vereador de Belo Horizonte Totó Teixeira e o deputado estadual de Minas João Leite também participaram.
Pela Bahia, o senador César Borges (DEM-BA) criticou o que, segundo ele, seria uma redução do projeto do metrô de 12 para seis quilômetros. O ministro Márcio Fortes respondeu que, no projeto previsto no PAC, o metrô de Salvador tem 12 quilômetros de extensão.
Quanto ao metrô de Teresina, Heráclito Fortes (DEM-PI) reclamou da falta de execução das obras. Márcio Fortes respondeu que as obras serão executadas de acordo com o cronograma do projeto. Já o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) solicitou ao ministro a instalação de uma linha de veículo leve sobre trilho (VLT) no trecho Parangaba-Mucuripe, uma região de grande densidade populacional e atividade produtiva.
O senador Cícero Lucena (PSDB-PB) cobrou investimentos do governo federal também na Paraíba, que, segundo ele, está fora dos grandes projetos, inclusive de metrô e trens urbanos. Em resposta, o ministro Márcio Fortes disse que o processo vai ser transparente e que há projeto de R$ 250 milhões para abastecimento de água na Paraíba.
O senador Jayme Campos (DEM-MT) disse ser necessário que a liberação dos recursos para os projetos do PAC seja feita de forma transparente, sem interferência partidária. Em resposta, o ministro Paulo Bernardo afirmou que é essa a orientação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Fonte: Agência Senado
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