“Extinção atende interesses”, diz ferroviário

Foram poucos minutos. Os deputados federais deram ontem o tiro de misericórdia para pôr fim a uma das últimas estatais que ainda sobreviviam ao PND (Plano Nacional de Desestatização): a cinqüentenária RFFSA (Rede Ferroviária Federal).


O plenário da Câmara dos Deputados aprovou a MP (Medida Provisória) 353/07, que extingue a estatal e transfere seus imóveis operacionais ao DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes).


A aprovação final ainda depende de votação no Senado, que deverá apontar o mesmo resultado já obtido na Câmara.


A partir de agora, os 490 ferroviários – em sua maioria profissionais técnicos – que atuavam nos escritórios regionais da estatal esparramados pelo país serão transferidos para a Valec – empresa que constrói a Ferrovia Norte-Sul –, para o DNIT ou para a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).


O processo de extinção da Rede Ferroviária Federal começou em 1999. Nos últimos oito anos, sindicalistas e os poucos ferroviários da ativa travaram uma batalha política para evitar a liquidação da estatal.


Segundo dados do Ministério dos Transportes, a RFFSA acumulou prejuízos de R$ 17 bilhões, dívidas de R$ 15 bilhões e mais uma projeção de perda de R$ 7,5 bilhões com ações judiciais. Os números, porém, são contestados pelos sindicatos do setor, que apontam que um dos maiores devedores da estatal é a própria União.


Desde 1999, a exploração da malha ferroviária da estatal é feita por meio de contratos de arrendamento a empresas privadas.


30.09.1957


29.03.2007


Bauru


O escritório de representação da RFFSA em Bauru funciona com dez funcionários, todos eles remanescentes da ex-SR-10 (Superintendência Regional).


Eles são responsáveis pela regularização dos imóveis da estatal para venda e também por cerca de cinco mil ações nas áreas trabalhistas e cíveis herdadas da antiga Superintendência Regional.


Para Roque, extinção atende interesses


Na avaliação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Roque Ferreira, a extinção da RFFSA atende aos interesses das grandes corporações privadas que hoje exploram o sistema ferroviário do país.


“O governo deveria fazer a revisão dos contratos dessas operadoras, muitas delas em débito por conta das aquisições das malhas privatizadas”, explica.


Segundo o sindicalista, há uma proposta das operadoras ferroviárias para que o dinheiro a ser pago pelas concessões seja direcionado para investimentos.


Na opinião de Roque, essa “intenção” é grave porque os valores seriam aplicados apenas na manutenção do sistema – troca de dormentes, trilhos –, sem investimentos pesados na recuperação do material rodante (locomotivas e vagões).


Ele defende que o setor, o governo e sindicalistas ampliem a discussão para avaliar o modal de transporte do país, que enfrenta caos.


“Cada modal tem sua responsabilidade na movimentação de cargas e pessoas”, comenta.


Para o sindicalista, a extinção da RFFSA significa a perda de uma batalha. “A luta continua para fazer o governo enxergar a importância da ferrovia no sistema de transporte do país.”


‘É mais uma tragédia para os brasileiros’
Assim definiu o historiador e professor universitário João Francisco Tidei de Lima ao ser informado sobre a extinção da RFFSA.


“O país precisa de um projeto ferroviário nacional. Temos uma extensão ferroviária ridícula”, comenta ao se referir aos poucos mais de 20 mil quilômetros esparrados pelo país, de dimensões continentais.


Ele lembra que praticamente em todos os países europeus as ferrovias são administradas pelo poder público e funcionam muito bem tanto para o transporte de cargas como de passageiros.


“Até nos Estados Unidos, representação máxima do capitalismo, o governo tem participação nas ferrovias. A Amtrak, estatal, opera as linhas de passag

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Fonte: Bom Dia Bauru (SP)

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