A ALL – América Latina Logística, operadora logística que detém a concessão da malha ferroviária da região Sul do Brasil, para se preparar para a safra deste ano investe no reforço de sua frota. No ano passado, a companhia operou em média com 1,6 mil vagões no Estado e para este ano a expectativa é de uma atuação com 2,4 mil vagões para atender ao mercado de granéis agrícolas.
Cada vagão tem capacidade para carregar 50 toneladas e seu custo é estimado em cerca de R$ 250 mil. Serão incorporadas também em torno de 20 locomotivas nos serviços do Rio Grande do Sul, cada máquina avaliada em cerca de R$ 1 milhão.
O gerente de granéis Sul da ALL, Leandro Mayer, espera uma movimentação maior de cargas agrícolas gaúchas através de ferrovias neste ano, em relação ao verificado em 2006. A expectativa é de um crescimento de cerca de 20%, o que significa uma movimentação total em torno de 5 milhões de toneladas de grãos, sendo que cerca de 70% desse volume deverá ser constituído por soja e em torno de 15% deverá ser milho.
As principais cargas agrícolas transportadas pela ALL são: soja, trigo, milho, farelo de soja e arroz. O milho e a soja têm como destino a exportação e o trigo é levado até Rio Grande e depois é realizada uma operação de cabotagem até o Nordeste brasileiro. Já o arroz sai do Rio Grande do Sul e abastece os beneficiadores do interior de São Paulo. A ALL também participa do fluxo de cargas paraguaias para o porto do Rio Grande. Do Paraguai vem em torno de 30 mil toneladas de grãos por mês para o porto de Rio Grande, entrando no Estado por Uruguaiana. A companhia espera crescer seu market share no porto do Rio Grande quanto ao transporte agrícola. A média anual é um market share de 40% e a expectativa é de que em 2007 esse porcentual aumente para 45%.
Mayer argumenta que uma reivindicação antiga do setor ferroviário, a construção de um ramal ligando Porto Alegre a Pelotas que viabilizaria um acesso mais rápido a Rio Grande de cargas da região Metropolitana, não seria uma prioridade para o trânsito de granéis. O executivo destaca que a maior parte dos produtos que utilizam as ferrovias e que saem da região Metropolitana são produtos industrializados.
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