O sistema de monocondução, ou seja, um só maquinista, continua proibido na malha da ferrovia Novoeste. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15.ª Região rejeitou o mandato de segurança impetrado pela América Latina Logística do Brasil (ALL), que opera a malha da Novoeste. A empresa recorreu da liminar obtida pelo Sindicato de Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru, Mato Grosso do Sul, que veta a prática.
“A tutela impugnada apenas buscou preservar a vida e a integridade física dos maquinistas, diante da possibilidade da ocorrência de acidentes”, expõe a juíza relatora Gisela Araujo de Moraes, na sentença judicial que rejeitou o recurso da empresa. A ALL, no entanto, recorrerá novamente, segundo informou a assessoria de imprensa.
De acordo com o órgão de comunicação, o recurso é cabível porque ainda não houve uma decisão final. Ainda assim, a posição do TRT foi comemorada pelos ferroviários. Conforme o JC já divulgou, muitos deles já vinham exercendo o direito de recusa em conduzir trens no sistema de monocondução, mesmo alegando terem recebido ameaças da empresa.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
No final do ano passado, a categoria realizou uma greve em protesto ao sistema. Na época, a ALL garantiu que o sistema não oferece risco ao maquinista ou a integridade das composições. Segundo a empresa, a monocondução somente foi implantada após investimentos em tecnologia de segurança. Um deles é a instalação de computadores de bordo em todas as locomotivas, o que torna possível controlar com maior precisão a velocidade da composição e cumprir restrições de via, entre outras vantagens.
Seja o primeiro a comentar