O retorno do transporte ferroviário de passageiros, chamado de “Trem do Pantanal”, foi um sonho do governo Zeca do PT que já está sepultado pela administração do governador André Puccinelli (PMDB). A afirmação é do secretário estadual de Obras Públicas e Transportes, Edson Girotto, em entrevista exclusiva ao Midiamax.
Segundo ele, a CNT (Confederação Nacional dos Transportes) realizou uma pesquisa mostrando que no Brasil a estimativa é de que a solução dos obstáculos físicos e operacionais das ferrovias exigiria investimentos de R$ 4,192 bilhões. “Portanto, falar em Trem do Pantanal é uma utopia”, destaca.
Girotto disse que na atual administração não se fala nesse assunto e jamais vai se falar, enquanto a malha ferroviária de Mato Grosso do Sul não for segura. “Não tem operador internacional de turismo que vá colocar aqui o seu turista para transitar numa ferrovia que não tenha segurança, que não tenha área de escape, que não tenha pontos específicos de apoio logístico para emergência. Atualmente, nossa via tem velocidade de apenas 8 km/h, acima disso descarrila”, informa.
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Destacando que o transporte ferroviário de carga é uma prioridade do atual governo, o secretário detalha os contatos mantidos com o Ministério dos Transportes, ressaltando o trabalho de recuperação das estradas e da rede física, com investimentos nas áreas de energia e hidrovia. “O álcool terá que ir até a barranca do rio Paraná, ser repassado para chatas específicas para o seu transporte, subir o rio Paraná, o rio Tietê e seguir até o ponto de descarga para ser conduzido até Paulínia”, disse, referindo-se ao poliduto que está sendo pretendido pelo governo do Estado.
Com relação à malha rodoviária de Mato Grosso do Sul, Girotto disse que levantamento estatístico e o diagnóstico revelou que 1,5 mil quilômetros dos 13,9 mil quilômetros das estradas pavimentadas estão em condições críticas. “Os maiores problemas de tráfego estão concentrados na malha viária não pavimentada, onde há mais de 3.300 quilômetros em estado que consideramos crítico. Isso representa 32%”, destacou.
Embora envolvido com o trabalho de recuperação e restauração das estradas e da rede física, o governo já prevê investimentos nas áreas de ferrovia e hidrovia? Estamos trabalhando junto com a bancada federal (deputados e senadores), junto com a Confederação Nacional dos Transportes e com o Ministério dos Transportes na montagem de uma logística no sentido de captar recursos com a iniciativa privada para que possamos possibilitar que a ferrovia volte a ter capacidade de transporte de carga de maneira segura, o que hoje não é possível.
E quanto ao retorno do Trem do Pantanal? Neste governo não se fala em Trem do Pantanal e não vai se falar enquanto a via não for segura. Isso eu sempre falei minha vida inteira que um dos maiores gargalos da malha ferroviária brasileira é a velocidade média dos trens, de 22 quilômetros por hora. A CNT realizou uma pesquisa mostrando que no Brasil a estimativa é de que a solução dos obstáculos físicos e operacionais das ferrovias exigiria investimentos de R$ 4,192 bilhões. Portanto, falar em Trem do Pantanal é uma utopia. Ele não pode existir sem uma malha ferroviária segura. Não tem operador internacional de turismo que vá colocar aqui o seu turista para transitar numa ferrovia que não tenha segurança, que não tenha área de escape, que não tenha pontos específicos de apoio logístico para emergência. Atualmente, nossa via tem velocidade de apenas 8 km/h, acima disso descarrila. O Ministério dos Transportes nunca autorizaria um trem de passageiro numa via como a nossa. É a via mais insegura do país.
Em termos de energia, quais os investimentos previstos como emergenciais? O governador André Puccinelli está empenhado neste momento na busca de um “linhão” – uma linha de transmissão pesada para o Estado que está com um problema série de transporte de en
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