A operadora de logística de base ferroviária América Latina Logística (ALL) e a Standard, empresa especializada em logística de cargas frigorificadas, inauguraram em Cambé o mais novo terminal de contêineres do Paraná. Foram investidos R$ 10 milhões na construção de um terminal ferroviário intermodal, aquisição de equipamentos para movimentação de contêineres, adaptação de vagões e também na instalação de uma rede de energia.
Com uma área total de 35 mil metros quadrados, o terminal tem capacidade inicial para 600 contêineres/mês, mas poderá movimentar até 1.200 contêineres mensais de cargas secas e frigorificadas, informou a assessoria da ALL.
O terminal fica localizado entre a rodovia que liga Cambé a Rolândia e a malha ferroviária. Os carregamentos terão origem principalmente nas regiões Norte do Paraná, Sudoeste de São Paulo e todo o Mato Grosso do Sul, e chegarão ao terminal via rodovia. Depois, os contêineres serão transbordados para vagões plataforma e partirão por ferrovia rumo ao Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), de onde seguirão para exportação. Também está prevista a operação inversa, com a captação de cargas de importação com destino ao Norte do estado.
O objetivo deste terminal é viabilizar um corredor de exportação de contêineres, oferecendo uma alternativa ao exportador, com ganhos de escala e custo. Isso só é possível graças à logística completa envolvendo a coleta rodoviária, transbordo, armazenagem, transporte ferroviário até o TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá) e oferta de um estoque avançado de contêineres vazios no Norte do Estado, disse o Diretor de Produtos Industrializados da ALL, Alexandre Campos.
Exportações agrícolas por ferrovias podem aumentar
As exportações agrícolas no Paraná devem bater um novo recorde este ano. A reavaliação da safra de verão e inverno feita pelo Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, aponta para uma produção quase 30% maior que a do ano passado, devendo atingir 30,31 milhões de toneladas de grãos. No ano passado, a produção total foi de 23,5 toneladas de grãos.
Hoje, apenas 30% das exportações de grãos são transportadas por ferrovia, com os 70% indo por rodovia. Na análise de Nilson Hanke, do departamento de logística da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), os custos do transporte ferroviário são mais baratos em relação ao transporte rodoviário. Infelizmente nossa malha ferroviária não atingiu seu formato ideal, precisamos de mais investimentos para a infra-estrutura, disse. Nosso foco é inverter essa divisão, aumentando as ferrovias para 70% do volume, disse.
Apesar do custo teoricamente mais barato, é necessário, porém, tomar alguns cuidados básicos, como o cumprimento de prazos para a entrega das mercadorias. A falta de uma melhor estrutura obriga, muitas vezes, as locomotivas a percorrerem trechos em baixa velocidade, disse Hanke.
Indústrias também buscam os trens
Além de produtores de grãos, algumas indústrias estão investindo no modal ferroviário para escoar suas exportações. Uma delas é a Unifrango, que anunciou investimento de R$ 40 milhões na construção de um terminal ferroviário em Apucarana, no norte do estado.
Segundo presidente da empresa, Domingos Martins, o terminal ferroviário para o escoamento da produção avícola do estado vai permitir a redução de custos de transporte na ordem de 25%. Hoje, apenas 5% da produção avícola paranaense é escoada por meio de ferrovias. Por meio deste terminal, pretendemos que 70% de toda a produção sejam transportados via trem, destaca.
Martins avalia que esta nova logística vai inaugurar uma nova estratégia de transporte para as cargas do setor. Estes carregamentos terão como destino final o mercado internacional, assim como as regiões Norte e Nordeste do Brasil, via Porto de Paranaguá.
A América Latina Logística (ALL) avalia que no mercado industrial, o t
Fonte: NetMarinha
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