A América Latina Logística (ALL), operadora logística e uma das maiores companhias ferroviárias do Brasil, investirá R$ 14 milhões em tecnologia neste ano. Os novos recursos serão direcionados a uma extensa gama de projetos, entre os quais estão a implantação da segunda versão do computador de bordo de locomotiva (CBL), a reestruturação do sistema operacional da empresa, o Translogic, a evolução do sistema de informação da Via Permanente, que passará a cobrir também a malha norte, e a instalação do Centro de Controle de Pátios, em 22 novos pátios.
De acordo com a empresa, o segundo CBL é uma versão aprimorada do equipamento desenvolvido em parceria com a Daiken, em 2000, que já foi exportado para ferrovias africanas. Segundo Carlos Henrique Correa, superintendente de tecnologia da ALL, a nova versão traz novas funcionalidades, que buscam reduzir o consumo de diesel, melhorar a segurança e aumentar a disponibilidade e confiabilidade das locomotivas.
“O sistema multiponto permitirá às locomotivas funcionarem com pontos de aceleração diferentes, contribuindo para um menor consumo de combustível, envio de informações sobre a locomotiva para o centro de controle operacional que, desse modo, ganhará informação on-line sobre as condições da máquina e uma visão tridimensional da via – apresentando ao maquinista as forças agindo sobre o trem”, explica Correa.
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Com o novo Translogic, o executivo diz que será possível ter acesso a um painel de indicadores on-line, que permite acompanhar os carregamentos, a distribuição de vagões vazios, as composições atrasadas, entre outros dados, aperfeiçoando o processo de gestão da empresa. O sistema contará com novos módulos, como segurança e indenizações, e estará integrado à programação de escala de maquinista.
Segundo Correa, “o grande salto será nas estações onde o Centro de Controle de Pátios, com sua interface gráfica, aumentará a produtividade e a qualidade do planejamento e das informações dos principais pátios da empresa. O novo Translogic vem para sustentar o aumento de produtividade que a ALL pretende dar nos próximos anos”.
O sistema de Via Permanente, que começou a ser implementado em 2005, possibilitará um aprimoramento da gestão do processo de manutenção da via permanente, diz Correa. Além de um conjunto completo de novos relatórios, ele explica que todo o sistema está construído sobre ferramenta geodesic infomation system (GIS), que permitirá apresentar num mapa dados como distribuição das turmas de manutenção, zonas prioritárias a serem atacadas, distribuição das plassers, e base de dados histórica – acidentes, manutenções, restrições, TKB por trecho, entre outros.
“O sistema oferece vários níveis de informação, que estão vinculadas aos mapas da via, em que é possível não apenas visualizar cada curva ou trecho da malha, como também fazer análise de riscos como forma de definir prioridades nas ações de manutenção”, afirma Correa
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