Foi o que garantiu ontem o delegado José Mariano Beltrame, secretário estadual de Segurança Pública. Ele informou que há uma investigação em curso envolvendo seis batalhões da Polícia Militar e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, para atuar nas estações consideradas críticas e que foram mostradas pela reportagem do GLOBO na edição de domingo: — Existe uma operação em curso para atuar nas estações de trens onde há tráfico. Será uma ação do Batalhão de Policiamento Ferroviário (BPFer) de outros localizados nas regiões críticas.
O secretário reconheceu que existe deficiência de efetivo tanto no BPFer como no restante da polícia, mas lembrou que isso não pode servir de desculpa para a falta de pronta resposta: — A sociedade precisa saber de nossos problemas, mas não pode mais esperar. Precisamos atacar em duas frentes: na ação de pronta resposta agora, multiplicando nossas blitzes com ações de inteligência; e em ações mirando o futuro, com a contratação e treinamento de novos policiais.
Precisamos agir agora e pensar em longo prazo.
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Uma das propostas apresentadas apresentadas para enfrentar o tráfico nas margens da rede ferroviária, o Caveirão sobre trilhos, cujo projeto já foi aprovado pelo Comando Geral da Polícia Militar e seria financiado pela SuperVia, é alvo de estranheza.
O sociólogo Ignácio Cano classifica o novo blindado da PM, que seria adaptado para circular também na rede ferroviária, como algo no estilo ficção científica: — Não sei até que ponto há mobilidade sobre trilhos. Uma coisa é um carro blindado, outra coisa é um trem.
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, estranha o estado querer repetir um dos símbolos da política pública de segurança passada: — O Caveirão é um símbolo de uma política de segurança no estado que se mostrou ineficaz.
É um veículo que não dá para prender ninguém e atende a uma política de guerra.
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