A Estrada de Ferro Paraná Oeste (Ferroeste) registrou um dos melhores desempenhos no mês de abril, desde que começou a operar, no início de 1997. De acordo com os registros de operação, a empresa transportou no último mês 119,6 mil toneladas, contra 90,9 mil toneladas no mesmo período em 2006, o que representa um índice de 31,5% a mais. Do total escoado, 59,9 mil toneladas foram no sentido exportação (Cascavel-Guarapuava) e 49,7 mil toneladas na importação (sentido inverso). No primeiro quadrimestre do ano, o acumulado do total transportado é de 449 mil toneladas.
“Aos poucos, os números da Ferroeste demonstram que a gestão pública é a melhor alternativa para aumentar a produtividade da ferrovia”, afirma o presidente da empresa, Samuel Gomes. A administração dos
“Hoje o Paraná é o único estado brasileiro em condições de fazer uma política de transporte ferroviário, praticando tarifas com base nos custos de produção, e transferindo os benefícios aos pequenos e médios produtores, que aumentam a lucratividade dos seus produtos”, destaca Samuel. O desempenho registrado em abril é mais impressionante se comparado ao mesmo período de 2005, quando a Ferropar transportou pouco mais de 58,7 mil toneladas, menos da metade do resultado deste ano.
Quadrimestre – A Ferroeste movimentou, de janeiro a abril deste ano, 449 mil toneladas, segundo a estatística de operação. O volume é 2,8% inferior às 461,9 mil toneladas transportadas no primeiro quadrimestre do ano passado. No comparativo do mesmo período em 2005, o desempenho da Ferroeste apresentou alta superior a 10% (449 mil toneladas contra 405,2 mil toneladas).
“Essa pequena diferença que tivemos no primeiro quadrimestre deste ano, em relação ao ano passado, reflete as dificuldades que tivemos até conseguir normalizar a retomada da operação”, recorda o diretor de Operação, Saulo de Tarso Pereira. Quando a Ferroeste reassumiu a ferrovia, encontrou uma frota de 15 locomotivas (duas inutilizadas) da década de 1960 e de baixa potência, além de 50 vagões locados pela Ferropar junto à Transferro e Ferrovia Tereza Cristina. Caso o contrato de locação fosse cumprido, a ferrovia teria hoje 732 vagões e 60 locomotivas.
Mediante a determinação da Justiça de devolver a administração da via à Ferroeste, a Transferro, responsável pela reparação e manutenção, proibiu a entrada de seus técnicos na oficina ferroviária do terminal de Guarapuava, e ainda tentou retirar os equipamentos do local. A possibilidade de interromper o serviço público de transporte ferroviário no Paraná levou o governador Roberto Requião a decretar, em 10 de janeiro, a requisição da frota e impediu a ação das empresas.
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