A Vale do Rio Doce acaba de fechar um acordo com a Petrobrás Distribuidora (BR) para o fornecimento de B20 – mistura formada por 20% de biodiesel e 80% de diesel comum – para as ferrovias EF Vitória a Minas (EFVM) e EF Carajás (EFC) nos próximos cinco anos. Calcula-se que a utilização do B20 significará 224 mil toneladas de CO2 a menos na atmosfera até o final de 2007, o equivalente a 369 estádios do Maracanã de área reflorestada. Além disso, com o B20 as ferrovias da Vale vão emitir 16 vezes menos CO2 que caminhões.
De acordo com o diretor de Logística da Vale, Eduardo Bartolomeo, a assinatura do contrato tem motivação majoritariamente ambiental. “Não há benefício econômico com a utilização do B20, mas os gastos da Vale com combustível se encontram equilibradas, sem ganho nem perda”, disse Bartolomeo, afirmando que a intenção da empresa é utilizar o biodiesel durante muito tempo. Segundo a empresa, também não há queda na potência das locomotivas abastecidas com B20.
Primeiramente, 1,7 milhão de litros de B20 serão fornecidos neste mês de maio para as duas ferrovias, mas até o fim do ano projeta-se um consumo de 33 milhões de litros por mês. Isto equivale a 67% do diesel utilizado na EFVM, na EFC e na Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que deve receber B20 a partir de 2008.
A Vale investiu cerca de R$ 2 milhões nos testes com o B20. O combustível substituirá o B2 – com 2% de biodiesel, obrigatório no país a partir de 2008 –, já utilizado desde janeiro deste ano na Carajás e na Vitória a Minas. Dos 50,6 milhões de litros/mês de B2 consumidos pela Vale atualmente, 29 milhões vão para as ferrovias.
A parceria faz parte do contrato de R$ 11 bilhões entre as empresas para o fornecimento de nove milhões de m³ de combustível em cinco anos. Até dezembro de 2007, o contrato fará da Vale a maior consumidora de biodiesel do Brasil e uma das maiores do mundo.
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