Os metroviários prometem parar por tempo indeterminado a partir da próxima quarta-feira, 16, após decisão tomada durante a assembléia realizada na quarta-feira, 9. O motivo da greve é o não cumprimento por parte do governo de São Paulo e do Metrô de reverterem as demissões dos cinco diretores que participaram das manifestações contra a Emenda 3
Apesar da decisão, uma nova assembléia está marcada para a terça-feira, 15. Se até lá a reivindicação não for atendida, os metroviários vão entrar em greve por tempo indeterminado.
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No dia 23 de abril, metroviários, motoristas e cobradores de ônibus começaram a trabalhar cerca de duas horas mais tarde em protesto à Emenda 3. De acordo com o sindicato, a paralisação teve a adesão de cerca de 90% dessas categorias.
Na ocasião, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), classificou o ato como político e criticou a atitude dos trabalhadores. “É uma greve iminentemente política, para servir a sindicatos e não para servir nem à população e nem aos trabalhadores. E causa danos e prejuízos aos trabalhadores da nossa cidade e às pessoas que precisam do transporte para ganhar o seu pão de cada dia. É uma greve lamentável”, afirmou o governador.
Entenda o que é a Emenda 3
A Emenda 3 é um item incluído por parlamentares na legislação federal que criou a Super-Receita. Pela emenda, auditores fiscais ficariam proibidos de multar empresas prestadoras de serviços, mesmo se julgarem que esses contratos estejam disfarçados de relações empregatícias.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a emenda no dia 16 de março, mas o Congresso pode derrubar o veto e transformá-la
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