Caramuru amplia o transporte por hidrovia

A Caramuru Alimentos, que nos últimos dez anos fez investimentos de R$ 100 milhões para ampliar a sua capacidade de transporte de grãos por hidrovias e ferrovias, registrou recorde de movimentação de soja pela hidrovia Tietê-Paraná na safra 2006/07, totalizando 900 mil toneladas de produtos, ante 600 mil no ciclo anterior. A empresa também elevou o transporte de produtos por ferrovia desde Pederneiras até o porto de Santos para 600 mil toneladas na atual safra, ante 400 mil toneladas em 2005/06. Nesse trecho, o transporte é feito pela MRS Logística. 


César Borges de Sousa, vice-presidente da Caramuru, observa que dos 1,2 milhão de toneladas de soja que a empresa exportou na safra, apenas 300 mil foram transportadas exclusivamente por rodovias. “Antes a soja processada em Goiás ia por hidrovia até o porto de Anhembi e de lá seguia por caminhões até o porto de Santos. Agora a maior parte da carga vai por trem desde Pederneiras”. 


Conforme o executivo, o uso do modelo integrado é de 15% a 20% mais econômico que o transporte rodoviário. Segundo Sousa, a movimentação de uma tonelada de soja por 1 mil quilômetros custa R$ 100 reais por rodovias, R$ 65 por ferrovias e R$ 40 por hidrovia. 



A Caramuru, que mantém fábricas em São Simão (GO), Itumbiara (GO) e Apucarana (PR), tem como principais fornecedores de matérias-primas produtores de Goiás, sul do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A empresa, que concentra seu foco em soja não-transgênica, encontrou dificuldades para elevar a rentabilidade. 


Isso porque, nessa safra, a empresa começou a pagar aos agricultores prêmio de US$ 0,50 por saca de soja convencional para ter garantia de matérias-primas, dado o avanço do plantio do grão transgênico no país. 


O custo para a indústria aumentou, mas os prêmios pagos no exterior mantiveram-se estáveis. “A valorização do real sobre o dólar também continua exercendo um efeito negativo ao exportador”, diz. Na safra 2006/07, a Caramuru estima a originação de 1,5 milhão de toneladas, ante 1,38 milhão no ciclo anterior. 


No ano fiscal de 2006, a empresa obteve faturamento de R$ 1,186 bilhão, ante R$ 1,3 bilhão em 2005. Sousa observa ainda que o fato de não ter unidades no exterior dificulta à empresa concorrer com as multinacionais, que muitas vezes exportam a soja convencional sem prêmio, processam o grão nas unidades que possuem em outros países e vendem óleo, farelo e lecitina com prêmios melhores. Segundo Sousa, a empresa avalia começar a produzir itens com soja transgênica na próxima safra, caso não haja mudança nos prêmios. A Caramuru também avalia a instalação de uma esmagadora de soja no exterior. Não está descartada a possibilidade de investir em uma unidade na Argentina (que oferece mais vantagens fiscais aos exportadores de grãos que no Brasil) ou outro país das Américas, ou na China. 


Em relação à usina de biodiesel, instalada em São Simão e com capacidade para produzir 100 milhões de litros por ano, Sousa diz que a empresa aguarda o recebimento do selo social do governo federal para iniciar a entrega do produto à Petrobras, negociado em leilão. Em abril, a empresa assinou com a Brasilinvest um acordo com o governo do Mato Grosso do Sul para a instalação de duas usinas de biodiesel em Maracaju, cada uma com capacidade para produzir 110 milhões de litros por ano e com investimento estimado em R$ 410 milhões. Ainda na área de energia, a empresa reduziu custos industriais com adoção da queima de bagaço de cana – comprada de usinas da região – nas caldeiras das fábricas de São Simão e Itumbiara.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Valor Econômico

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*