Gargalos logísticos impedem avanço econômico

Cantados em verso e prosa desde o fim da paridade cambial entre o real e o dólar, em 1999, os gargalos logísticos para o crescimento do agronegócio brasileiro chegaram, em 2007, a um limite crítico. O apagão, termo da moda usado por dez entre dez fontes do setor para definir o conjunto dessas barreiras, é sentido pela iniciativa privada e governo, agropecuária empresarial e familiar, exportadores e importadores. Está na agenda, e só poderá ser revertido com investimentos, públicos e privados. 


 


A preocupação ganha particular relevância num momento em que se abre um variado leque de oportunidades para o campo, tanto em razão da tendência de aumento da demanda global por alimentos quanto por causa da febre mundial em torno da disseminação de biocombustíveis, turbinada pelos Estados Unidos mas que já se alastra por dezenas de países. 


 


Infra-estrutura é causadora de exclusão social. Quanto mais o governo demora a intervir e retarda investimentos, mais desigualdade, alerta Francisco Olavo Batista de Sousa, assessor da direção de gestão de estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e coordenador do programa de escoamento da produção agrícola da estatal, que é vinculada ao Ministério da Agricultura. Todos perdem competitividade, mas os grandes produtores conseguem atenuar os efeitos dessa carência. Os pequenos e médios, não. Daí as compensações que, de tempos em tempos, são oferecidas via mecanismos de comercialização. 


 


Para Sousa, um dos maiores especialistas em logística agrícola do governo, a situação mato-grossense é emblemática. Maior Estado produtor de soja de um país que ainda tem no grão o carro-chefe de sua economia agroindustrial, o Mato Grosso planta e colhe com uma tecnologia de ponta que depois é corroída pelos entraves em transporte e armazenagem. É a mesma coisa no algodão. O produto que sai da fazenda é da melhor qualidade; o que chega ao cliente final, não. 


 


A Conab sente no caixa os entraves provocados por uma infra-estrutura carente. A empresa tem cerca de 180 armazéns com capacidade estática conjunta para 2,2 milhões de toneladas (a maior rede do país) e, enquanto gestora de estoques públicos, faz operações como Aquisições do Governo Federal (AGF) e remoções e comercialização de produtos por meio de leilões eletrônicos. Trata-se do braço executivo de uma política agrícola que, quando engargala, deixa a conta em seu balanço. Via AGF, a Conab adquiriu 2,6 milhões de toneladas de produtos em 2006. Via instrumentos de sustentação de preços (PEP, PROP, PEPRO, PESOJA), foram negociadas 19,1 milhões de toneladas de produtos e 5,5 milhões de litros de vinho. 


 


Estima-se que, no total, o país perca bilhões de dólares por ano em virtude de uma logística calamitosa, como define Marcos Jank, fundador e presidente de honra do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), centro de pesquisa mantido pela iniciativa privada. Só em subsídi

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Fonte: Valor Econômico

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