Projeto quer reativar ferrovia em Ribeirão

Pensando em resgatar a história da região e preservar os trilhos abandonados da antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro em Ribeirão Preto, o arquiteto Denis William Esteves quer reativar cinco quilômetros de um trecho de ferrovia para passeios turísticos.

A idéia, compartilhada por outros colegas de projeto, é recolocar em atividade uma Maria Fumaça de 1892, que hoje está estacionada na Estação Ribeirão Preto, na avenida Mogiana.

“Ela pertence à extinta Rede Ferroviária Federal e ainda está em condições de ser restaurada. Só que quanto mais o tempo passa, mais chances temos de perdê-la”, disse Esteves.

Turismo

De acordo com o projeto, o trem turístico percorreria um trecho sem operação concessionado à Ferrovia Centro Atlântica (FCA), que partiria da Estação Barracão (no bairro Ipiranga) até a Estação Ribeirão Preto.

Mas o projeto, para sair do papel, precisaria além de recursos, de uma autorização da FCA para a utilização do trecho.

“Começamos as tratativas no ano passado e a empresa tem se mostrado interessada. Até porque aquele trecho não está sendo operado e mesmo assim a empresa tem obrigação de limpar e conservá-lo. E para quê?”, questiona o arquiteto, apaixonado por ferrovias e estudioso do assunto há dez anos.

Segundo ele, ainda não é possível prever qual seria o investimento necessário para restaurar os trilhos e a Maria Fumaça.

“Isso precisaria ser calculado quando tivéssemos a autorização para usar o trecho, porque quanto mais o tempo passa, mais caro fica restaurar”, declarou. Além de prever o trem turístico, que funcionaria nos finais de semana, o projeto também pretende transformar a Estação Barracão em museu ferroviário.

Promotoria apóia projeto visando preservação do trecho

O promotor de Justiça Naul Felca, que abriu inquérito para apurar as responsabilidades da FCA na conservação do trecho de ferrovia desativada em Ribeirão Preto, apóia o projeto de implantação de um trem turístico no município. “O trem em atividade diminuiria muito a deposição de lixo e entulho no local. A própria população seria um agente fiscalizatório. Isso sem contar a questão do patrimônio histórico”, afirmou.

Na terça-feira ele se reuniu com o Departamento de Fiscalização Geral da Prefeitura, com a Secretaria Municipal de Infra-estru

Fonte: Jornal A Cidade (SP)