O governador José Serra (PSDB) garantiu, nesta quarta-feira, na inauguração de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), em Paulinia, que o projeto do Expresso Bandeirantes, que ligaria Campinas a São Paulo, não foi engavetado por sua gestão. O chefe do Executivo estadual frisou que o projeto precisa ser rentável para iniciativa privada e que o governo estadual está trabalhando no empreendimento, assim como acontece com os trens ligando a Capital ao Rio de Janeiro e a linha que irá chegar ao Aeroporto Internacional de Cumbica.
O projeto não está engavetado. O projeto tem que ser rentável para a iniciativa privada. E nós estamos trabalhando nesse projeto da mesma maneira do que o trem para Cumbica e o que vai ligar São Paulo ao Rio de Janeiro. Esses são projetos que envolvem a iniciativa privada por meio de parcerias. E nós estamos apoiando e torcendo para que dêem certo no futuro , afirmou o governo. Estudo realizado com recursos do governo espanhol, na gestão do também tucano Geraldo Alckmin, mostra que para viabilizar o projeto será necessário R$ 2,7 bilhões.
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Boa parte desses recursos deverá sair dos cofres públicos. O dinheiro seria usado na infra-estrutura. No mês passado, o secretário de Desenvolvimento do Estado, Alberto Goldman, havia salientado que o governo estadual não teria recursos hoje para investir no projeto. Entretanto, assim como Serra, ele havia comentado que a gestão tucana espera que o projeto seja viabilizado no futuro. O trem ligaria Campinas, Jundiaí e São Paulo. E há possibilidade de ter uma interligação com o Aeroporto Internacional de Viracopos.
O presidente do Conselho de Desenvolvimento de Região Metropolitana de Campinas (RMC) e prefeito de Hortolândia, Ângelo Perugini, afirmou que é preciso uma forte mobilização de representantes políticos, entidades empresariais e grupos da sociedade civil para sensibilizar os governos estadual e federal sobre a importância da ligação ferroviária entre a região e a Capital e ainda a ampliação de Viracopos. Os governos federal e estadual recebem pleitos de inúmeros municípios e cabe a nós mostrar a relevância para a região e o País desses dois projetos , salientou.
Perugini acredita que, se não for viável agora a implantação do trem de alta velocidade ligando a região a São Paulo, será necessário encontrar uma saída como um veículo de velocidade média. Pelo custo alto do projeto de um trem rápido até São Paulo, eu entendo a necessidade de uma parceria com a iniciativa privada. Porém, enquanto não é possível concretizar essa parceria, poderia ser implantada uma ligação com trem de média velocidade. Em paralelo, continuaria o processo para a viabilização do trem Bandeirantes , afirmou.
Contingenciamento
Na cerimônia de entrega da ETE de Paulinia, obra realizada com recursos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o governador negou que exista contingenciamento de verbas que prejudique o andamento de obras viárias na região, como o Corredor Metropolitano. Não há contingenciamento. Essa medida já foi suspensa. E nós vamos liberando os recursos à medida que temos os projetos. O dinheiro é pouco,
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