A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto criou uma comissão especial para analisar a “viabilidade da implantação de transporte ferroviário de massa” na cidade, sob o regime de concessão. Portaria publicada ontem no Diário Oficial nomeia uma comissão de cinco membros, entre eles os secretários Wilson Luiz Laguna, do Planejamento e Gestão Ambiental, e João Theodoro Feres Sobrinho, de Obras.
Em entrevista, Laguna explica que a comissão terá por objetivo analisar a possibilidade de uma retomada operacional dos trechos de linhas férreas que cortam a área urbana.
“Ribeirão Preto caminha em direção a um milhão de habitantes. É nossa obrigação prever hoje como será o transporte coletivo do futuro”, comenta. Ele destaca que os ramais de linha férrea que existem na zona urbana, atualmente não operacionais, representam por si só um elevado investimento.
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“Se perdermos esses trilhos, se eles forem retirados, provavelmente nunca mais teremos condições de instalá-los”, diz. A comissão, explica Laguna, chamará representantes da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), arrendatária da malha ferroviária, para saber quais os planos da empresa.
“O patrimônio, que é da União, está sob concessão, mas se a FCA não tiver interesse, a Prefeitura poderia buscar empreendedores dispostos a investir, por exemplo, num metrô de superfície. Aliás, a primeira coisa a ser feita pela comissão é identificar onde estão e qual a extensão desses trechos de linha férrea que cortam a cidade”, avalia.
Barracos ocupam trechos da linha
Entre os problemas a serem solucionados pelo estudo de viabilidade sobre o transporte ferroviário está a invasão da faixa de segurança em diversos trechos da malha ferroviária existente na área urbana. Desde 2004, por exemplo, a FCA, que em 2001 arrendou da Ferrovia Bandeirantes a operação da malha ferroviária que inclui Ribeirão Preto, tenta na Justiça obter a reintegração de posse de um trecho de dois quilômetros, do Km 10 ao Km 12 do ramal Ribeirão-Pontal. A faixa de segurança (
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