Teleférico vai ligar periferia a estações no Rio

Pilares de 30 metros de altura e dois de diâmetro vão substituir os tiroteios com a polícia como o principal símbolo da chegada do estado ao Complexo do Alemão. Esta é a intenção dos governos federal e estadual, que assinaram um protocolo de investimentos de cerca de R$ 500 milhões para o conjunto de favelas, onde 44 pessoas morreram desde o dia 2 de maio. Sustentado pelos pilares, um teleférico conectará a estação de Bonsucesso da Supervia a outras cinco estações no morro. Mais do que um meio de transporte, o sistema está sendo concebido como uma forma de diminuir a influência do tráfico sobre os moradores do complexo.

Dos R$ 500 milhões previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a urbanização do Alemão (75% da União e o restante de contrapartida estadual), R$ 170 milhões serão empregados na construção do teleférico. Ao redor de cada estação serão erguidas as demais instalações, como creches, escolas de nível fundamental e médio, centros comunitários, postos de saúde e áreas de esporte e lazer.

— O grande ícone do projeto será o teleférico. Hoje, o tráfico inibe e controla a entrada e saída de pessoas da favela, que se faz por becos e vias estreitas.

Na medida em que as pessoas passarem a entrar por cima, estará quebrado esse paradigma — afirma o presidente da Empresa de Obras Públicas (Emop), Ícaro Moreno Júnior.

Pesquisa realizada em 2003 mostrou que o problema que mais incomoda os moradores das comunidades é a dificuldade de acesso. Em segundo lugar, foi apontada a carência de rede de saneamento e, em terceiro, a de saúde.

Com três quilômetros de extensão, o sistema conectará cinco estações no complexo (Morro do Adeus, Baiana, Alemão, Vila Cruzeiro e Matinha) à estação de trens de Bonsucesso. A distância será percorrida em apenas 20 minutos.
O embarque e o desembarque serão feitos com as cabines em movimento.

Para que isso seja possível, as cabines se desconectarão dos cabos de aço no interior das estações e percorrerão os trilhos em uma velocidade menor. E, segundo Ícaro, os deficientes não terão dificuldade para usar o sistema.

Ao todo, serão 200 cabines, com capacidade para oito pessoas sentadas e duas em pé. Elas circularão a 30 metros de altura. O ponto mais alto a ser atingido será a estação do Morro do Adeus, 126 metros acima do nível do mar. A previsão é de que 30 mil pessoas por dia utilizem o serviço, que será pago. O valor da passagem, incluindo conexão com os trens, ainda não foi fixado.

Teleféricos como o do Alemão já são utilizados em mais de 70 países, com finalidade turística. Em Medellín, na Colômbia, o sistema foi construído na favela de Santo Domingo. A empresa francesa que assessorou o governo colombiano, a Pomagalski S.A., está orientando a Emop. As obras devem começar em outubro e ser concluídas em janeiro de 2009.

Creches, escolas e postos de saúde devem estar prontas em 2010. O projeto prevê ainda o alargamento de ruas.
O governo também quer construir um parque público em parte da Área de Proteção Ambiental da Serra da Misericórdia, onde há hoje uma pedreira.


 


 

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Fonte: O Globo

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