A Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) vai investir US$ 200 milhões para aumentar a capacidade de sua malha. A ferrovia, que faz parte do sistema da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), deverá transportar neste ano 140 milhões de toneladas, 3,2% superior ao movimento de 2006, de 135,61 milhões de toneladas.
O diretor da EFVM, Marcelo Barros, disse que cerca de 80% deste volume é representado pelo transporte de minério de ferro das doze minas da Vale localizadas em Minas Gerais ao Porto de Tubarão (ES) destinado à exportação. A Vitória-Minas é responsável por 40% do movimento de cargas das ferrovias brasileiras. Estes investimentos incluem ainda os recursos aplicados em meio ambiente, tecnologia, infra-estrutura e segurança, disse o executivo. No total, a Vale investirá US$ 784 milhões em logística neste ano.
A Vitória-Minas está implantando um sistema para reduzir as emissões de poeira de minério ao longo da malha. Pelo projeto, explicou Barros, é borrifada uma segunda camada protetora sobre a carga na cidade de Resplendor, em Minas Gerais. Quando o vagão sai da mina ele segue com a primeira camada. Ocorre, que ao longo da via isto vai se desgastando e verificamos que na metade do caminho não havia mais nenhum resquício do material protetor. Assim, as composições seguiam a viagem com grandes emissões de poluentes, disse Barros. Investimentos no projeto de Resplendor R$ 2,5 milhões. para dotar o local de equipamentos de aspersão. Isso ocorreu no final de junho e estamos em fase de avaliação. Mas, já podemos dizer que com a segunda borrifação os trens da EFVM não emitem poeira de minério em toda a malha.
Segundo Barros as composições seguem viagem nos 900 quilômetros de trilho com cerca de 240 vagões e três locomotivas. O primeiro comboio, com 160 vagões, é puxado por duas locomotivas. Logo após tem mais uma locomotiva tracionando mais 80 vagões, explicou o diretor. Cada vagão da Vitoria-Minas leva 80 toneladas de carga.
Nossa frota foi ampliada no ano passado para atender o crescimento. Pelos dados da Vale, a Vitória-Minas tem 347 locomotivas e 19.936 vagões. As três companhias da companhia – a Estrada de Ferro Carajás, Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e EFVM, detêm frota de 1.039 locomotivas e 41.643 vagões.
Para este ano, segundo Barros, a empresa decidiu aplicar os recursos em sua maior parte, na infra-estrutura. Foram construídos quatro viadutos em cidades onde havia problemas com as passagens de nível e na ampliação de pátios. Em Santa Bárbara (MG) e no Porto de Tubarão decidimos aumentar a capacidade com a expansão dos pátios para estacionamento das composições.
Também passageiros
Além de cargas, pelos trilhos da Vitória -Minas também passam cerca de 1,2 milhão de pessoas entre Belo Horizonte e Vitória, numa média de três mil passageiros por dia, suficientes para lotar setenta ônibus. Desde o mês de outubro de 1994 circulam carros executivos com ar-condicionado e atendimento especial.
Vale investe US$ 200 milhões na EFVM
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