As ações de redução de custo e melhoria operacional na Brasil Ferrovias deram resultado e a América Latina Logística (ALL) conseguiu reverter o prejuízo de R$ 2,4 milhões do segundo trimestre do ano passado e obter lucro de R$ 51,8 milhões de abril a junho de 2007. O desempenho foi também creditado ao aumento de 7,6% no volume de mercadorias transportadas, principalmente com cargas de retorno. A receita bruta aumentou 2,2% no período, para R$ 651,4 milhões.
O gerente de relações com investidores e controladoria, Rodrigo Campos, disse que a reversão é uma conseqüência do que foi feito desde a aquisição da Brasil Ferrovias, em maio do ano passado. Ele citou a redução no número de acidentes, de 64 no primeiro trimestre para 45 no segundo (por milhão de trem quilômetro), em função de investimentos em vias permanentes e em tecnologia.
A empresa informou que ampliou o transporte de produtos industriais em 12,3%, principalmente com madeira e contêineres. Na área agrícola os volumes aumentaram 7,6% e os fertilizantes garantiram as cargas de retorno. A construção civil e combustíveis também ajudaram no desempenho. Campos explicou que, embora os volumes tenham crescido, a receita não aumentou na mesma proporção porque houve uma mudança de mix de produtos. Fertilizante, por exemplo, é uma carga mais barata.
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Mas, se no Brasil as coisas vão bem, o mesmo não acontece na Argentina, onde a empresa registrou aumento de receita bruta em 8,3% em pesos, para 59,2 milhões de pesos, mas sofreu com a desvalorização da moeda do país em relação ao real e a escassez na oferta de energia. Lá o volume transportado teve queda de 1,1%. Já esperávamos resultado mais fraco na Argentina, mas nossa visão para aquele país é de médio e longo prazo, disse Campos.
No consolidado do semestre, a ALL registrou lucro líquido de R$ 35,7 milhões e reverteu prejuízo de R$ 90,5 milhões do primeiro semestre de 2006. No período o volume transportado subiu 5%, com ampliação de 11,9% no segmento industrial e 3,5% na agricultura.
A empresa informou que investiu, desde o início do ano, R$ 329,9 milhões em recuperação e adaptação de locomotivas e vagões e na compra de trilhos e dormentes (em igual período do ano passado os investimentos somaram R$ 351,2 milhões).
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