CURITIBA – A América Latina Logística (ALL) terá que dobrar a movimentação de cargas na malha da antiga Brasil Ferrovias até 2012, segundo determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O termo de compromisso de desempenho, assinado pela ALL na última quarta-feira, era uma das imposições do Cade para aprovação da compra da Brasil Ferrovias, realizada em maio de 2006 por meio de troca de ações de R$ 1,4 bilhão (R$ 3 bilhões incluindo dívida líquida). A antiga Brasil Ferrovias movimentou 9,273 milhões de tku em 2006. Consideramos que essa meta é perfeitamente factível, disse ontem Sergio Pedreiro, diretor financeiro e de relações com investidores ao comentar o desempenho do grupo no segundo trimestre.
A ALL acaba de registrar o primeiro resultado consolidado – com as operações das duas empresas integradas – no azul desde a aquisição. Apurou lucro líquido de R$ 51,8 milhões no segundo trimestre de 2007, contra um prejuízo de R$ 2,4 milhões no mesmo período do ano passado.
A receita líquida consolidada da ALL atingiu R$ 572,8 milhões no segundo trimestre, mais 2,4% sobre igual período de 2006. Na mesma base de comparação, o Ebitdar (lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing) consolidado cresceu 38,1%, para R$312,7 milhões. O resultado só não foi melhor por conta do fraco desempenho na Argentina, impactado pela crise energética e pela pressão inflacionária. Mesmo assim, o volume consolidado da ALL cresceu 7,6%, para 8,6 bilhões de TKU de abril a junho, com expansão de 8,9% nos fluxos da ALL Brasil. A meta da empresa é crescer 12% ao ano.
Segundo Pedreiro, os investimentos em 2007 somarão R$ 600 milhões – nesse valor estão 40 mil t de trilhos da China.
Fonte: Gazeta Mercantil
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