Para aumentar a participação da ferrovia na matriz de transporte do Brasil dos atuais 25% para 32% em 2025, o Plano Nacional de Logística & Transporte (PNLT) recomenda que sejam feitos investimentos de R$ 50,5 bilhões nos próximos 15 anos. No total, 20.256 quilômetros de ferrovias receberiam os recursos. O PNLT foi apresentado pelo secretário nacional de Política de Transporte, Marcelo Perrupato, na Federação das Indústrias e Empresas de Mato Grosso (Fiemt), nesta sexta-feira (17) em Cuiabá (MT).
Os recursos para a ferrovia representam 29,4% dos 172,4 bilhões que devem ser destinados para o setor de transporte, de acordo com o relatório final do PNLT. Com 43% (R$ 74,1 bilhões) do total, o setor rodoviário ficaria com a maior parte do bolo. O resto está dividido entre os modais aeroportuário, hidroviário e portuário.
Dos mais de R$ 50 bilhões para a ferrovia, R$ 16,9 bilhões deveriam ser gastos até 2011; entre 2012 e 2015, o valor cairia para cerca de R$ 3 bilhões; e outros R$ 30,5 bilhões para após 2015.
O PNLT é fruto de uma série de estudos feito em conjunto pelos ministérios dos Transportes e da Defesa, junto de governos estaduais e instituições, entre outras entidades, para elaborar um plano de longo prazo para destravar os gargalos logísticos do país e equilibrar a matriz de transporte do país. Atualmente, o setor rodoviário concentra 58% da movimentação de carga no Brasil.
O relatório final do plano foi finalizado em abril deste ano e vem sendo apresentado e debatido desde o início de julho em várias capitais como Manaus (AM), Palmas (TO), Campo Grande (MS), Macapá (AP), Belém (PA), São Luiz (MA), Recife (PE), Fortaleza (CE), entre outras. No próximo dia 22 será a vez de Vitória (ES).
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