Leilão acelera término das obras

O fascínio da estrada de ferro e da antiga Maria Fumaça embalou a infância de Leandro Silva, na pequena Porto Franco, sul do Maranhão. Ele tinha apenas seis anos quando o então presidente José Sarney lançou, em 1986, um dos maiores projetos do País: a Ferrovia Norte-Sul, que prometia levar progresso ao Cerrado, além de melhorar a infra-estrutura logística do Brasil.


Na época, a notícia sobre o empreendimento encheu de esperança milhares de moradores da região, entre o Maranhão e o Estado de Goiás. O tão sonhado desenvolvimento e a perspectiva de uma vida melhor, enfim, estavam mais perto. Mas, com a demora nas obras, a esperança deu lugar à descrença e o projeto se tornou uma lenda.


Ninguém mais acreditava que a ferrovia fosse levada adiante, diz Silva. Qualquer notícia sobre a retomada das obras era recebida com desconfiança e até mesmo com sarcasmo. Mas o inacreditável aconteceu, depois de 14 anos. Na tarde de 3 de agosto de 2000, a primeira locomotiva despontou no meio do Cerrado, numa viagem experimental. A cidade parou para ver o trem. Foi uma festança, lembra Silva, que hoje sobrevive da ferrovia, trabalhando numa multinacional, no transbordo da soja.


Para Silva, a Norte-Sul cumpriu a promessa de progresso. De ajudante, ele já foi promovido a encarregado e comprou a casa própria. Mas ainda espera mais, inclusive para o primeiro filho, que nasce em três meses.


As melhorias na região devem ganhar força nos próximos anos, com a conclusão da Norte-Sul, que terá 1.980 quilômetros (km) de extensão entre Belém (PA) e Anápolis (GO). Um passo importante será dado nesta quarta-feira, com o leilão de subconcessão do trecho de Açailândia (MA) a Palmas (TO).


O vencedor vai operar 720 km de ferrovia e será responsável pela construção de 359 km, entre Araguaína e Palmas, até 2009. O lance mínimo é de R$ 1,478 bilhão.


O objetivo é acelerar a construção e criar novas rotas de transportes no País, cuja logística está à beira de um colapso. Durante os 21 anos do projeto, as obras andaram a passos lentos. Foram construídos apenas 374 km de trilhos (entre Açailândia e Araguaína), o equivalente a 18,8 km por ano ou 1,48 km por mês. Isso porque o governo Lula resolveu fazer uma força-tarefa para construir 159 km de ferrovia.


Com a subconcessão, espera-se mais agilidade para tirar definitivamente o projeto do papel. Além do trecho já concluído, há cinco lotes entre Araguaína e Guaraí que empregam cerca de 5 mil pessoas, afirma o responsável pela área comercial da Ferrovia Norte-Sul, Matheus Maurício Ramos, que presta serviço para a estatal Valec Engenharia, Construções e Ferrovias. Esse número deve atingir 7 mil empregos após a subconcessão e obras dos demais trechos.

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Fonte: O Estado de São Paulo

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