MRS rebate críticas da Anut

As acusações de prática abusiva de preços pelas ferrovias no país, feitas pela Anut, entidade dos usuários de transportes, e publicada na sexta-feira pelo Valor, criou um grande desconforto no setor. A MRS Logística, uma das principais concessionárias, refutou veementemente as denúncias. “É inaceitável essa mania de generalização das coisas por parte da Anut”, afirmou Júlio Fontana Neto, presidente da MRS. “Como posso praticar tarifas abusivas se cresço 13% ao ano em volume e o caminhão é o meu principal concorrente na carga geral, onde cresço 30%?”, questiona. No caso do minério de ferro, que responde por 60% da carga transportada pela MRS, os maiores clientes sãos dois acionistas: Vale do Rio Doce e CSN. “Jamais aceitariam isso”.
 
Fontana diz que nunca obrigou cliente algum a fazer investimentos para ser atendido. “Os únicos vagões que tenho na empresa, depois de privatizada em 1996, são 127 unidades da antiga Ferteco, que os comprou por iniciativa própria. Os demais, de CSN, MBR e Cosipa, foram herdados da época de estatal”, informou. Segundo ele, a MRS investe 30% a 40% da receita anual na malha, na frota e em sistemas de segurança. Neste ano serão R$ 700 milhões e no próximo cerca de R$ 1 bilhão.


O volume de carga atingiu 113 milhões de toneladas em 2006, deve alcançar 129 milhões neste ano e saltar para 155 milhões de toneladas em 2008. “Só operamos com locomotivas próprias e estamos investindo US$ 100 milhões em máquinas zero km importadas dos EUA. No caso de vagões, se o cliente vier a oferecer, tem preço especial”, afirmou Fontana. “Ninguém é obrigado a investir para a MRS, como também não investe em obras dentro das instalações do cliente. Mesmo que seja do acionista”.


Para o executivo, a Anut mostra profundo desconhecimento do setor quando generaliza. Fontana refuta os comparativos de tarifas e custos e de receita por mil TKU (transporte por km útil). Disse que há receitas alternativas, como venda de sucata e de direito de passagem em suas vias, agregação de fluxos de cargas de longa distância, ganhos de produtividade e aumento de volume versus parcela de custo fixo. “São vários fatores que a Anut não levou em conta ao fazer suas denúncias.”


Segundo Fontana, a MRS é a única concessionária de ferrovia que nunca recebeu multa da agência reguladora do setor, a ANTT, a qual, diz ele, faz inspeções periódicas nas áreas administrativa, operacional e em segurança. “O setor ferroviário vem crescendo bem acima dos índices de PIB do país e a MRS o dobro do setor”, acrescentou.


José Alexandre Rezende, diretor-geral da ANTT, informa que os reajustes aprovados pela agência desde o primeiro ano de gestão, em 2003, foram de 7,66%, 12,1%, 1,23% e 3,8%. “Está no contrato que são reajustes corrigidos pelo IGP-DI”. Segundo ele, as tarifas praticadas hoje, já atualizadas, são 50% inferior às da época da RFFSA, estatal que tinha 45 mil empregados.


Ele pontua que das 12 concessionárias em operação no Brasil, só quatro tiveram lucro em 2006: a Vitória a Minas (EFVM) e Carajás (EFC), ambas da Vale, a MRS e a ALL. A EFVM lucrou R$ 1,15 bilhão, seguida da MRS com R$ 541 milhões, EFC com R$ 186 milhões e ALL com R$ 84 milhões. Lembra que os investimentos das concessionárias são crescentes a cada ano – quase R$ 12 bilhões no acumulado até o ano passado e há previsão de R$ 3,7 bilhões para 2007.


Outra reclamação dos usuários atendida, informa, foi a criação da figura do usuário dependente da ferrovia, que tem prioridade no atendimento. O primeiro caso, em 2003, foi o da Caramuru (soja), que tinha seu negócio ameaçado pela ineficaz operação da Ferroban (atualmente ALL). Ele diz que hoje analisa inúmeros pedidos de clientes para se tornarem usuários dependentes. Entre eles estão Aços Villares, Gerdau e Cenibra (na EFVM), Coopersucar (na Ferroban), Cargill (na EFC), e Caramuru e Sindicom, que representa empresas de distribuição de derivados de petróleo, na FCA.

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Fonte: Valor Econômico

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