O governo do Rio de Janeiro tenta obter R$ 10 milhões da União para remover 450 casas da localidade do Arará, no interior da favela do Jacarezinho, na zona norte da capital fluminense. A negociação começou, há uma semana, depois que um trem com os ministros das Cidades, Márcio Fortes, e dos Portos, Pedro Brito, além do secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, foi atacado a tiros por traficantes da região.
O incidente ocorreu no último dia 10, quando as autoridades inspecionavam as obras do acesso ferroviário à zona portuária. A retirada das casas das margens da linha férrea faz parte do projeto de revitalização da malha, segundo o governo fluminense.
A intenção é remover as residências que ficam a menos de 30 cm dos trilhos e construir um muro no local. O secretário Júlio Lopes determinou que técnicos trabalhem de forma acelerada no plano para enviá-lo a Brasília.
“A melhoria dos acessos é essencial para facilitar a chegada ao porto de cargas de valor mais nobre, como ferro gusa e produtos siderúrgicos, o que aumenta sua importância como centro de logística. Vamos triplicar a capacidade de acesso ferroviário ao porto e isso faz parte de um conjunto de projetos que buscam expandir em 70% o comércio internacional, até 2010”, explicou Lopes.
O ministro das Cidades estuda uma data para voltar à favela do Jacarezinho. Ele foi chamado por moradores da comunidade após o ataque dos criminosos. O convite seria uma espécie de pedido de desculpas.
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