Lemann entra nos trilhos

Na semana passada, como é de seu estilo, o megainvestidor Jorge Paulo Lemann surpreendeu o mercado. Sem qualquer sinal anterior, ele e seus eternos sócios, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, reunidos no grupo 3G, anunciaram a compra de 8,3% do capital da CSX, a maior companhia ferroviária norte-americana do lado leste, a CSX. Para isso, desembolsaram US$ 1,5 bilhão de uma companhia avaliada na Bolsa de Valores de Nova York em US$ 17 bilhões. Trata-se de uma estréia de peso para Lemann na maior economia do mundo. Com uma receita de US$ 9, 6 bilhões em 2006 e crescimento de 11% ao ano, a CSX administra uma malha de 33.810 quilômetros de extensão e atravessa 23 Estados americanos, além do Distrito de Columbia e duas províncias canadenses. São mais de 3,8 mil locomotivas, sendo que 1,2 mil trens são operados diariamente. A CSX supre a maioria da população e dos centros industriais localizados no leste do país.


Como também é de seu feitio, Lemann e os parceiros nada falaram sobre o que os motivou a investir na malha ferroviária norte-americana. Os analistas arriscam algumas explicações. Uma delas é a experiência adquirida no setor com a ALL, a maior malha ferroviária da América Latina, arrematada há dez anos quando o trio ainda estava à frente do GP Investimentos. Nesse período, no Brasil, o volume transportado medido em tonelada por quilômetro útil (TKU) cresceu 12,3% ao ano e a receita bruta saltou 23,7% ao ano, atingindo R$ 1,312 bilhão em 2006. Na Argentina, de 2001, época da aquisição, a 2006, o volume medido em TKU aumentou anualmente 5,7% ao ano e a receita bruta teve incremento de 28% ao ano, alcançando R$ 154,5 milhões. Nos primeiros nove meses de 2007, a ALL somou receita bruta de R$ 2,29 bilhões. Por isso, um dos executivos responsáveis por essa virada, Alexandre Behring foi indicado pelo 3G para ocupar uma das cinco cadeiras que o grupo pleiteia no conselho de administração da CSX, já que o capital da companhia é pulverizado. Além de Behring, foram indicados Christopher Hohn, Gilbert Lamphere, Gary Wilson e Timothy O’Toole. Ao todo, são 12 os assentos no conselho de administração. A decisão caberá aos acionistas.


O analista de investimentos da Spinelli Corretora Max Bueno lembra que Lemann e sua turma são conhecidos no mercado por comprar ativos depreciados na tentativa de alavancá-los. “Eles vislumbram soluções em empresas com problemas financeiros, operacionais e de gestão a fim de valorizar seu patrimônio investido. Este pode ter sido um mote para a compra da CSX”, explica Bueno. Há também oportunidades de crescimento. Quase todos os países do mundo enfrentam gargalos na infra- estrutura – e nem os EUA escapam dessa situação. Segundo o vicecoordenador do curso de especialização em logística empresarial da Fundação Vanzolini Cláudio Barbieri da Cunha, estudos indicam que, nos próximos 30 anos, se não houver investimentos maciços na infra-estrutura ferroviária e rodoviária nas terras do Tio Sam, toda a malha ficará congestionada. “Quem sabe este grupo não viu uma enorme oportunidade para aplicar sua expertise brasileira de logística em terras estrangeiras?”, arrisca Barbieri. Ninguém tem dúvidas, porém, do estilo de gestão a ser implantado na CSX. “O 3G é conhecido por um sistema de eficiência de gestão. Provavelmente, eles reduzirão os custos e melhorarão o sistema operacional da ferrovia”, comenta Caio Dias, analista do Santander. Um sistema que transformou companhias como Inbev e Lojas Americanas em máquinas de ganhar dinheiro e que agora Lemann quer testar nos Estados Unidos.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Istoé Dinheiro

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*