Das 419 locomotivas a vapor existentes no Brasil, 72 estão em condições de operar, embora nem todas estejam efetivamente puxando trens. Das que fazem isso, quase todas tracionam composições turísticas em curtos percursos.
[galeria]Veja aqui fotos de locomotivas operacionais até hoje![/galeria]
São aproximadamente 15 passeios turísticos tracionados por diversas locomotivas a vapor até hoje. Nos percursos pelos interiores do Brasil, é possível reviver a época do café, algumas vezes em estradas de ferro do século XIX, como é o caso do trem turístico da cidade de Atibaia (SP) e do trecho de Campinas a Jaguariúna (SP).
A locomotiva nº 22 (foto) é uma das quatro Baldwin operacionais no Complexo Ferroviário de São João Del Rei, em Minas Gerais. Nos fins de semana e feriados, chegam a circular seis trens diários pelos 12 quilômetros de linha ainda ativos, de uma ferrovia que chegou a ter 729 quilômetros de extensão. O complexo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Na praia de Grussaí (interior do estado do Rio), foi construída uma oficina para reformar locomotivas a vapor, a maioria do tipo Consolidation (2-8-0). O maior número de locomotivas a vapor opera em São Paulo, de Campinas a Jagauariúna – nada menos do que 14. O passeio em feito em 24,5 km de uma antiga ferovia que escoava café no fim do séc. 19 e que foi restaurada.
Substituição da locomotiva a vapor pela diesel
Na década de 1960, a tração a vapor foi substituída em todo o Brasil, mas o complexo ferroviário São João Del Rei reúne o maior acervo de locomotivas a vapor preservadas de um mesmo fabricante, Baldwin e uma mesma ferrovia, a EFOM – Estrada de Ferro Oeste-Minas.
As máquinas trabalharam duro até início dos anos 80. Chegaram a transportar 11 trens diários de cimento entre a fábrica de Barroso e Lavras, onde a carga passava para bitola métrica e seguia até Maringá, no Paraná.
O destino final era a barragem da Usina Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu, a 420 quilômetros adiante. Itaipu demandou tanta matéria-prima que teve que buscar fornecedores em todas as regiões do país, usando a ferrovia para trazer as mercadorias dos locais as mercadorias dos locais mais distantes.
Depois disso, a maioria das locomotivas de São João Del Rei foi aposentada, mas o trem turístico para Tiradentes nunca deixou de funcionar. Hoje, operado pela FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), suas locomotivas usam óleo no lugar da lenha para produzir vapor.
Nos fins de semana e feriados, chegam a circular seis trens diários pelos 12 quilômetros de linha ainda ativos, de uma ferrovia que chegou a ter 729 quilômetros de extensão. O complexo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
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