Para o governo, a Vale do Rio Doce, privatizada em 1997, continua estatal e seu controle por empresas privadas acontece por meio de artifícios legais. “A Vale foi do povo, foi do governo e foi privatizada, mas pouca gente sabe que, de algum modo, continua sendo estatal”, afirmou o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), em discurso a pequenos garimpeiros.
Ele disse aos garimpeiros que cerca de 40% da Vale pertence a fundos de pensão “que de algum modo são do poder público” e outros 12% ao BNDES. “Ou seja, o poder estatal ainda detém mais de 50% da Vale do Rio Doce, embora seu comando, sua direção, por esses artifícios de natureza legal, pertencem a 8%, detidos por um determinado banco privado.”
Questionado sobre uma pretensão do governo de adotar medidas para aumentar seu poder na Vale, Lobão disse que apenas fez “um registro”. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Vale informou que não iria se pronunciar sobre as declarações do ministro.
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