China tem interesse no TAV Curitiba – SP

Em maio, o Ministério dos Transportes anunciou que Curitiba faria parte do Plano Nacional de Viação. O trem-bala vai ligar Curitiba a Belo Horizonte, com escala em São Paulo. Dois anos antes do anúncio oficial do governo, 40 engenheiros do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) planejavam a construção desse transporte no trecho entre as capitais do Paraná e de São Paulo. O coordenador do Banco de Idéias do IEP, engenheiro Jurimar Cavichiolo, apresentou o projeto do trem durante o Encontro de Engenharia, promovido pelo Centro Universitário FAE na última quinta e sexta-feiras. De acordo com Cavichiolo, o percurso será cumprido em uma hora e 40 minutos, com um valor de passagem na faixa dos R$ 150. A China demonstrou interesse na execução e manutenção do transporte.
Confira os principais pontos da entrevista.


Qual será o percurso do trem-bala?


O IEP planejou a viabilidade apenas da distância entre Curitiba e São Paulo. Foram estudadas três alternativas: Curitiba–Ponta Grossa–São Paulo, Curitiba–Cerro Azul–São Paulo e Curitiba–Registro–São Paulo. A terceira alternativa é mais viável, com uma extensão de 360 quilômetros.


Como serão estruturadas as viagens?


O trem-bala viajará das 6 às 22 horas. Serão 17 saídas ao longo do dia, carregando 400 passageiros ou 17 toneladas de carga por eixo, a uma velocidade de 300 quilômetros por hora.


Quais as chances do projeto do IEP ser escolhido para realizar o trecho Curitiba–São Paulo?


Já houve contatos com o Ministério dos Transportes. E o nosso projeto está plenamente viabilizado. Há, apenas, um processo de aprovação no Ibama sobre os impactos ao meio ambiente. É uma idéia idônea e que tem a moral para ser tirada do papel. Acredito também que esse projeto é a melhor solução.


Há demanda para um projeto desse porte?


Se não houver demanda, esse é o tipo de projeto que deve ser abandonado. Há, no entanto, uma necessidade de transportar passageiros e cargas em todo o Brasil. Nós já estudamos os detalhes. Para que não haja ociosidade da linha, os trens podem sair de 15 em 15 minutos sem qualquer limitação. Por exemplo, uma carga de passageiros a cada hora. E o resto dos veículos portando carga.


O trem-bala é sustentável?


O projeto custa US$ 6 bilhões, executados em três ou quatro anos. Com o início da arrecadação, o retorno do capital se daria em 25 anos, com lucro de 11,75% por ano. É altamente rentável.


Que tipo de financiamento pode ser feito para o projeto?


O Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) estudou algumas formas. Pode ser realizado em parceria entre o governo federal e empresas privadas. E até a China tem interesse em bancar o projeto desde o início, incluindo a execução e manutenção. É preciso um encontro de forças políticas para viabilizar algo dessa grandeza.


Qual o benefício do trem-bala para os aeroportos?


Existe um levantamento estatístico na Europa de que 75% da população prefere o trem-bala ao avião. No Rio de Janeiro, em uma pesquisa do Ibope, o porcentual foi de 86%. É um veículo seguro, independente de intempéries e preciso no horário. Essa tecnologia existe desde 1964 no Japão. E desde 1981 na França. E nunca ocorreu um acidente sequer. Os aviões ficarão responsáveis pelas viagens mais longas, diminuindo o fluxo desnecessário nos aeroportos.


Qual a segurança do veículo?


Desde a inauguração, no Japão, nunca houve um acidente. São praticamente 45 anos sem qualquer problema. Ele usa uma tecnologia bastante desenvolvida. Não há passagens de linha: ou passa por cima ou por baixo. E é totalmente cercado. O sistema é tão desenvolvido que o maquinista sabe o que está ocorrendo 10 quilômetros à frente. Se houver uma interrupção, ele simplesmente freia e, em três ou quatro quilômetros, o trem pára. Os demais veículos recebem o contato e também param, evitando acidentes. No Japão, a precisão é absurda. De três em três minutos, um novo veículo segue viagem.


A construção do trem-bala se caracteriza como um retorno ao uso das ferrovias?


O Brasil já teve 35 mil quilômetros de ferrovias. Atualmente, existem só 21 mil. O trem-bala resolve o problema de transporte em distâncias que variam de de 500 a 1,5 mil quilômetros. O Brasil precisa transportar as cargas em ferrovias. Uma estatística mostra como o transporte rodoviário pode ser caro. Se, por exemplo, o valor de uma carga na hidrovia é de R$ 1, na ferrovia, será de R$ 4. E, nas rodovias, de R$ 8. O Brasil apostou no modal de transporte mais caro. Essa volta às ferrovias é essencial, porque nem todo transporte pode ser feito pelos rios. O trem bala Rio–São Paulo–Campinas já deveria estar pronto.


Qual a importância dessas linhas para o desenvolvimento do Brasil?


Em síntese, o trem-bala melhora a qualidade de vida da população.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Gazeta do Povo (PR)

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0