O governo federal tentará uma solução arriscada para recompor cerca de R$ 2 bilhões no orçamento dos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação em 2009. Cortes já foram aprovados ontem pela Comissão de Orçamento do Congresso (de R$ 1 bilhão no MCT e de R$ 1,1 bilhão no MEC), mas para não comprometer bolsas e verbas de universidades, a União promete aplicar na área aquilo que arrecadar com a venda de imóveis da antiga RFFSA (Rede Ferroviária Federal).
Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, afirma que o governo esperava arrecadar R$ 3 bilhões com a alienação de terrenos e casas da extinta rede já em 2008, mas adiou os leilões para o ano que vem. Segundo ele, o dinheiro que vier cobrirá parte dos cortes nos ministérios.
Apesar de aceitarem o acordo, deputados do PSB (sigla titular da pasta de Ciência e Tecnologia) dizem temer que os recursos não estejam disponíveis dentro do cronograma do MCT, pois muitos leilões da rede ferroviária já estão questionados na Justiça. “Vamos confiar no governo”, diz Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
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