Vicente Abate, da Amsted Maxion, assume hoje a presidência da Abifer (associação da indústria de material ferroviário), com duas reivindicações ao governo: incentivar a expansão da malha ferroviária brasileira e garantir participação da indústria nacional no projeto do trem-bala.
Demanda por trem de passageiros está aquecida
Mesmo com a queda na produção anual de vagões no Brasil, a indústria ferroviária nacional não deverá ter prejuízos muito altos este ano. Vicente Abate acredita que o aquecimento da área de passageiros balanceie o setor. “A área de cargas foi afetada por causa da crise, mas a de passageiros está com uma demanda aquecida”, afirma.
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Abate ressalta que, em Minas Gerais, existem duas indústrias de vagões: a GE Transportation, em Contagem, que tem exportado para a Nigéria, e a Usiminas Mecânica, em Ipatinga.
Para Abate, este ano devem ser produzidos 1.200 vagões no país. Uma queda acentuada, já que em 2008 a produção foi de 5.000. “Caso não houvesse a crise, produziríamos bem mais. Acho que daqui a dois anos a produção retome e suba para quase 4.000 vagões”, afirma.
Ganhos – Em 2008, a indústria ferroviária faturou R$2,6 bi, 30% a mais que em 2007.
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