O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que é um órgão do Governo Federal, liberou verba para a elaboração do projeto executivo, em parceria com a Prefeitura de Pindamonhangaba, para o rebaixamento da linha férrea. A informação está publicada no Diário Oficial da União, do dia 25 de maio de 2009.
Este é o segundo e último projeto necessário antes da licitação para contratar a empresa que vai executar a obra. O primeiro foi o de viabilidade sócio-econômica, que teve parecer favorável, pois atendia às exigências legais e era a melhor opção para resolver a questão do trânsito.
Agora, haverá a abertura de licitação para a empresa que vai desenvolver o projeto executivo – estimado em R$ 2,2 milhões, sendo R$ 2 milhões do Dnit e R$ 200 mil da Prefeitura de Pindamonhangaba.
De acordo com o secretário de Obras e Serviços, José Antenor Correa da Silva, a licitação ficará aberta até o início de julho, quando haverá a escolha da empresa. “Depois o vencedor terá 6 meses para entregar o projeto, com o qual pode ser aberto o processo de licitação para contratar a empresa que vai realizar o trabalho”.
A expectativa da Prefeitura de Pindamonhangaba é que a obra comece no início de 2010. “É um processo longo e isso é perfeitamente normal quando se trata de grandes projetos de infraestrutura. São várias etapas até que se obtenha o que queremos, mas tudo está muito bem encaminhado”, afirmou o secretário.
O prefeito João Ribeiro recebeu a notícia com bastante entusiasmo. “O órgão competente entende que o rebaixamento da linha é a melhor solução para solucionar o trânsito na área central e possibilitar ainda mais o desenvolvimento da cidade. É um motivo de grande alegria para mim e para todos de Pindamonhangaba, principalmente aos que sempre acreditaram no potencial da cidade”.
João Ribeiro afirmou que o “rebaixamento trará profundas mudanças de infraestrutura e de modernidade e dará nova perspectiva para Pindamonhangaba”.
Ele lembrou que a analise do projeto é criteriosa e só foi aprovado porque Pindamonhangaba apresentou tudo de maneira clara e ainda atendendo todas as exigências legais.
Outras propostas foram rejeitadas
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes analisou outras duas opções que poderiam resolver o transtorno da passagem do trem: a construção de túneis e a criação de uma nova malha ferroviária contornando Pindamonhangaba. Entretanto, o DNIT entendeu que o rebaixamento da linha férrea é a melhor solução devido ao custo – que é inferior ao da construção de túneis e anel ferroviário – e também porque o rebaixamento resolveria a questão de uma vez por todas.
Rebaixamento é a melhor opção
O rebaixamento da linha está estimado em R$ 60 milhões e vai resolver todos os problemas causados pela travessia do trem.
“Outra maneira de solucionar o trânsito seria a construção de um anel ferroviário de 20,7km para desviar a passagem do trem para outros pontos da cidade, mas isso ficaria em aproximadamente R$ 150 milhões – e apenas adiaria o problema”, explicou o secretário de Planejamento, Maurício Marcondes.
Ele contou que a terceira opção custaria cerca de R$ 110 milhões, com a construção de seis túneis na região central (Campos Salles, Jorge Tibiriçá, Frederico Machado, Carlos Khoeller Asseburg, Eloy Chaves e Ministro João Romeiro Neto). “Os seis viadutos seriam necessários porque apenas um deles não resolveria o problema, só amenizaria e adiaria”, completou.
Sobre o rebaixamento
Para o rebaixamento da linha serão cerca de 2,7km de obras. Haverá duas rampas de inclinação – uma pouco à frente do viaduto do Mombaça seguindo por 600 metros até as proximidades da rua Campos Salles, e outra um pouco à frente do viaduto do Castolira/Vila Suíça com mais 600 metros até as proximidades da rua Ministro João Romeiro Neto. Deste modo, o trem poderia descer e subir normalmente com um grau de inclinação considerado leve e adequado por especialistas.
A área que ficará 100% rebaixada será de 1,5km entre as ruas Campos Salles e Ministro João Romeiro Neto. No local será construído um boulevar, além de uma avenida que vai cortar a região central e facilitar o tráfego de veículos, dando mais agilidade e fluidez ao tráfego de veículos.
Pátio de manobras e desvio
Durante as obras, os trens passarão normalmente pelos trilhos onde hoje são realizadas as manobras – ao lado dos trilhos principais no centro da cidade. Depois que o rebaixamento for concluído, os trilhos darão lugar a um boulevard.
Com a realização do projeto, todas as manobras serão realizadas apenas no pátio de Coruputuba.
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