A Assembléia Legislativa debateu ontem a possibilidade de se instalar um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), conhecido também como metrô de superfície, a fim de melhorar o trânsito de Cuiabá e Várzea Grande. Na Capital, o trânsito possui uma demanda diária de 30 mil pessoas nos horários de pico, que acaba acarretando em engarrafamentos semelhantes aos de grandes centros. A proposta do metrô de superfície é uma das soluções que a cidade pode adotar até 2014, quando será sub-sede da Copa do Mundo no Brasil.
O metrô de superfície é uma solução de transporte já aplicada na Ásia, em grandes conglomerados urbanos. O plano no Brasil prevê ar-condicionado e preço, sendo este no mínimo, um terço do valor do ônibus, segundo a empresa Scomi, instalada na Malásia e especializada na produção de monotrilhos. Uma representante da empresa participou da audiência ontem e estimou o custo para a implantação entre US$ 17 milhões e US$ 45 milhões.
Um projeto de lei que dispõe sobre Parcerias Público-Privadas (PPPs) pode ser fundamental à efetivação de contratos que viabilizariam a implantação, o desenvolvimento e a gestão de empreendimentos públicos como o metrô, “alternativas que podem diminuir o tempo gasto no trânsito”, como afirmou o ex-governador do Espírito Santo, Almino Azeredo, presente na audiência chamada pelo presidente da Casa, deputado José Riva.
O secretário de Turismo de Mato Grosso, Yuri Bastos Jorge, informou que 26 projetos já estão sendo elaborados para adaptar Cuiabá de acordo com as exigências da Fifa, para sediar o mundial. Entre eles, cogita-se um metrô de superfície. A audiência contou também com a participação do professor de Engenharia Civil da Universidade Federal de Mato Grosso, Luiz Miguel de Miranda. Para ele, primeiramente, é preciso realizar um estudo da mobilidade para saber quais os eixos necessários para atender a demanda na Capital.
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