FCA adota novo modelo para atender Multigrain

A Ferrovia Centro Atlântica (FCA), subsidiária da Vale do Rio Doce com mais de metade da receita proveniente do transporte de commodities agrícolas, fechou um contrato de cinco anos para aumentar em 50% o volume transportado para uma de suas principais clientes, a trading Multigrain. Com o negócio, a trading, uma sociedade da japonesa Mitsui com a americana CHS, vai elevar seu volume anual de milho e soja transportado pela malha da FCA de 800 mil toneladas para 1,2 milhão de toneladas.


O negócio vai implicar na construção de terminais e galpões na rede da FCA e na aquisição de 300 vagões novos, que serão construídos no Brasil pela Randon. Os vagões serão bancados pela Mitsui Rail Capital e alugados à Vale por um contrato de cinco anos. A Multigrain também vai pagar um adiantamento à FCA para que ela possa fazer as reformas na estrutura permanente e acomodar o aumento da carga. A encomenda dos vagões, que deverá custar R$ 55 milhões, já foi feita à Randon, e as unidades deverão ser entregues entre fevereiro e março de 2010.


Segundo o presidente da FCA, Marcello Spinelli, o contrato fechado com a Multigrain é inédito na empresa e foi a fórmula encontrada para garantir a execução do negócio. Até agora, a trading operava com vagões da própria FCA. Na nova fórmula, a capacidade financeira da Mitsui, que entra com o capital inicial, permite um prazo de contrato mais curto para a trading. Até agora, diz Spinelli, os contratos de aluguel de vagões eram de dez anos, demasiadamente longos para o ramo de commodities agrícolas, em que o mercado pode oscilar muito em uma década. Cinco anos já é um prazo mais previsível.


O contrato prevê também a reforma das locomotivas da FCA e reforma dos pátios de manobra para acomodar composições maiores e dispensar a aquisição de novas máquinas. As locomotivas ganharão computadores de bordo e mais potência do motor. Com isso, o mesmo volume de carga será transportado em menos tempo. Com pátios maiores, as composições poderão ir para o porto com o tamanho usual, de 110 vagões, mas poderão voltar vazios com o dobro o tamanho – o que não é possível hoje.


A Multigrain vai transportar 750 mil toneladas de cereais de Goiás e Mato Grosso, 200 mil toneladas da Bahia e 250 mil toneladas de Minas Gerais. O destino de toda a carga será o terminal de Tubarão. Hoje a FCA tem 500 locomotivas e 12 mil vagões, e ocupa 32% do mercado de transporte de commodities agrícolas no modal ferroviário, disputado com a ALL Logística. Segundo o presidente da empresa, há condições de ampliar ainda mais o mercado, tomando espaço hoje servido por caminhões.


A Vale tem investido mais pesadamente na FCA nos últimos anos. A companhia saiu do prejuízo pela primeira vez desde a privatização em 2007, quando registrou lucro de R$ 23 milhões e receita de R$ 937 milhões. O lucro passou para R$ 54 milhões no ano passado – mas a receita mantém-se estável. O investimento na FCA, em 2008, foi de R$ 204 milhões, um aumento de 33% em relação a 2007, gastos na estrutura fixa, pátios e em reformas de locomotivas antigas – também comprou duas novas máquinas da China no ano passado.


Apesar de ser da Vale, a FCA praticamente não transporta minério. Ela movimenta produtos industrializados, como álcool; material para construção; contêineres; e ferro gusa, mas 46% da sua receita vem de produtos agrícolas. Dos 26 milhões de toneladas transportados em 2008, 8,1 milhões foram granéis agrícolas.

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Fonte: Valor Econômico

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