O diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Bernardo Figueiredo, anunciou na sexta-feira , durante encontro empresarial realizado pela Fiems, projetos para amenizar os problemas de infraestrutura ferroviária de Mato Grosso do Sul. “O Estado tem como única estrutura ferroviária a ligação de Corumbá a Três lagoas, que já está há muitos anos em estado de deterioração contínua e em péssimas condições. Por isso, estamos trabalhando com duas vertentes, que são a recuperação da malha existente e a construção de uma nova malha para o Estado, que inclui dois projetos”, disse, referindo-se à ligação do Estado até a Ferrovia Norte-Sul e a conexão de Mato Grosso do Sul à Ferroeste, no Paraná.
Segundo Bernardo Figueiredo, a recuperação da malha ferroviária existente requer investimentos da ordem de R$ 450 milhões, enquanto a construção de uma nova malha necessita de recursos de aproximadamente R$ 4 bilhões, totalizando um investimento total de R$ 4,4 bilhões. “Fisicamente, a execução desses projetos poderia demandar prazo máximo de quatro anos, mas ela depende de recursos e parceiros. Por isso, temos de montar a equação financeira para sustentar esse investimento e um instrumento nesse sentido seria a PPP (Parceria Público e Privada)”, explicou.
Ele acrescenta que a alternativa mais viável é abrir os projetos para que terceiros realizem esses investimentos e possam explorar esse adicional de capacidade da malha ferroviária para recuperar os recursos aplicados. “Mato Grosso do Sul, pelo seu potencial de produção e capacidade econômica, necessita de uma logística de transporte ferroviária um pouco mais sofisticada do que a existente atualmente. Infelizmente, para se alcançar tal objetivo não basta apenas recuperar a malha ferroviária existente, porque ela é muito antiga e ainda terá limitações estruturais, como traçado antigo e tecnologia ultrapassada”, reforçou, defendendo a construção de uma nova malha ferroviária.
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