Hoje, a necessidade de rapidez torna mais vantajoso despachar o fumo produzido em Santa Cruz do Sul e região ao Porto de Rio Grande sobre pneus do que em vagões de trem. A linha férrea mais próxima, em Rio Pardo, ainda faz um longo contorno por Santa Maria, São Gabriel e Bagé antes de chegar ao Litoral Sul. Enquanto a carreta faz a entrega no mesmo dia, o trem demora três para chegar ao destino. Por falta de interesse, já nem ocorre mais embarque de carga na Estação de Ramiz Galvão, em Rio Pardo.
Entretanto, a ideia de uma estrada de ferro seguindo direto a Rio Grande agrada ao setor fumageiro local. Quem revela é o presidente do Sinditabaco, Iro Schünke. “Um trem direto ao porto seria uma alternativa muito interessante”, avalia. Schünke comenta que, em 2009, a região exportou 25 mil contêineres de fumo.
“Como cada caminhão leva um contêiner, isto significa 25 mil viagens a Rio Grande”, comenta. Na comparação, um trem com 200 vagões, por exemplo, faria o trajeto apenas 125 vezes. Schünke ressalta ainda que, embora exista um período de cinco a seis meses onde a exportação de tabaco é mais intensa, o setor despacha fumo a Rio Grande ao longo de todo o ano.
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