Estava quase tudo certo para a apresentação da licitação do monotrilho de Manaus, um dos projetos mais importantes que a cidade pretende realizar para a Copa do Mundo de 2014, não fosse a suspensão solicitada dia 19 pelo Ministério Público Federal no Amazonas.
De acordo com o órgão, foram encontradas falhas no projeto básico, as quais precisam ser concertadas, adequando-as para as exigências legais, além da alteração do traçado do monotrilho no Centro Histórico de Manaus, visando à preservação do local.
A data para a entrega de propostas do projeto do monotrilho foi adiada para 5 de maio. De acordo com o MP, não há detalhamento no projeto arquitetônico das estações e do projeto complementar, sobre as fundações, estruturas, instalações elétricas e hidráulicas, etc.
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O traçado do monotrilho de Manaus terá 13,6 km de extensão, com sete estações e trens operando em sistema driverless (sem condutor) a 36 km/h, podendo alcançar no máximo 80 km/h. Serão 17 trens de oito carros, comportando mil passageiros por carro, com paradas de 30 segundos e intervalo entre os trens de três minutos.
As futuras estações do monotrilho de Manaus serão: Largo da Matriz, Constantino, São Jorge, Arena (próximo do futuro estádio de futebol que será construído especialmente para a Copa do Mundo), Santos Dumont, Manoa e Cidade Nova.
Quanto à estimativa de demanda, serão deslocados 18,5 mil passageiros por hora/sentido em 2014 no percurso mais carregado, subindo para 37 mil em 2050, um aumento de 300%. Já nos deslocamentos diários, em 2014 serão 170 mil pessoas, subindo para 680 mil em 2050.
Quanto à tarifa do bilhete, Manaus estuda a possibilidade de estipular o mesmo valor adotado nas grandes capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, R$ 2,50. Para os casos de integração, a tarifa será de R$ 3,50. Por fim, em relação ao meio ambiente, o monotrilho irá colaborar com redução de 50 mil toneladas de CO2 por ano.
Assista aqui o vídeo-documentário do monotrilho de Manaus.
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