A Vale vai investir cerca de US$ 23 bilhões no Pará nos próximos cinco anos, afirmou Fernando Augusto Quintella, diretor de Desenvolvimento e Implantação de Projetos de Capital, Sustentabilidade e Relações Institucionais da companhia, durante o seminário “Pará – Oportunidades de Negócios”, promovido pelo Valor.
“O Pará representa hoje um terço da Vale, Minas Gerais representa outro terço e o resto do mundo, o restante”, disse ele.”O Pará é fundamental para nós. Quase duplicamos a produção de minério de ferro, triplicamos a de cobre e agora vamos começar a produzir níquel no Estado”, contou Quintella.
Entre 2002 e o segundo trimestre de 2009, a Vale desenvolveu 29 projetos, sendo 11 no Pará. O diretor enfatizou a importância de alguns projetos da companhia em andamento na região.
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Um deles é o Projeto Onça Puma, localizado em Ourilândia do Norte, no Pará. Com um investimento total de R$ 4,59 bilhões, o projeto prevê uma produção de 58 mil toneladas de níquel por ano. O início da operação está previsto para 2010.
Outro projeto destacado por Quintella foi o Aços Laminados do Pará (Alpa), em Marabá, que demandou um investimento de R$ 7,4 bilhões (US$ 3,7 bilhões), incluindo ramal ferroviário, terminal fluvial em Marabá e frota de barcaças e rebocadores.
“O Alpa tem capacidade anual de produção estimada em 2,5 milhões de toneladas de aço, podendo chegar a 5 milhões de toneladas”, disse. O início de sua operação está previsto para 2013.
O executivo acrescentou que o Alpa vai fomentar o processo de crescimento econômico do Pará e será âncora de um novo polo de desenvolvimento a partir de Marabá.
Ele também citou o Aline, projeto que nasceu do Alpa, e no qual a Vale detém participação de 25%. Os demais 75% são da Sinobras.”O Aline é um desdobramento do Alpa”, explicou Quintella.
“O projeto demandou, no total, um investimento de R$ 1,4 bilhão, sendo que 25% é contrapartida da Vale e o restante da Sinobras, e deve começar a operar ao final de 2013”, disse o vice-presidente da Sinobras, Ian Corrêa, que também compareceu ao evento. Os principais produtos do Aline são bobinas a frio, boninas a quente e galvanizados e toda a produção será voltada ao mercado interno.
Na semana passada, o projeto conceitual foi finalizado, confirmando a viabilidade do Aline, o que, segundo Corrêa, significa que as empresas passarão para a fase de implantação, com previsão de início em junho. A capacidade de produção é de 730 mil toneladas de laminados por ano.
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